Linha Maia II poderá ser em metro convencional ou em ‘metrobus’: diferença de investimento ronda 135 milhões de euros

Linha Maia II

A diferença entre construir a linha Maia II em metro ligeiro convencional ou em metrobus é de 135 milhões de euros, de acordo com estimativas da Metro do Porto presentes em documentos do concurso público consultados esta terça-feira pela Agência Lusa.

De acordo com os documentos do concurso público para a elaboração do projeto da nova fase de expansão do Metro do Porto, lançado na segunda-feira por 9,4 milhões de euros, as estimativas para a linha Maia II (Roberto Frias – Aeroporto) variam entre os 480 milhões de euros (se for construída em metro ligeiro convencional) e os 345 milhões se for em ‘metrobus’ (autocarro a hidrogénio em via dedicada).

Na sexta-feira, em Gondomar, aquando da apresentação das novas linhas da Metro do Porto, o presidente da empresa, Tiago Braga, explicou que a decisão está em aberto, sendo contratado no âmbito do concurso público “um programa-base para as duas soluções”.

“Com base nessas duas soluções apresentadas, com base no estudo de incidências, com aquilo que é a estimativa orçamental, nós vamos ter que definir qual é o modelo que vamos adotar no resto da empreitada”, disse ainda Tiago Braga aos jornalistas.

No caso da linha Maia II, em causa está um trajeto de 13,3 quilómetros e 16 estações (no caso da construção em metro) e de 14,3 quilómetros e 18 estações (no caso da construção em ‘metrobus’).

Em qualquer dos casos, estão previstas as estações Roberto Frias, Hospital São João II, Pedrouços, Giesta, São Gemil, Caverneira, Águas Santas, Milheirós, Gueifães, Maninhos, Catassol, Chantre, Parque Maia II, Espido, Ponte de Moreira, Verdes II e, no caso de ser escolhido o ‘metrobus’, Botica II e Aeroporto (BRT).

No caso do metro, estão previstos 6,3 quilómetros à superfície, 4,3 em viaduto e 2,7 em túnel, com quatro estações subterrâneas (Roberto Frias, Hospital São João II, Maninhos e Catassol), quatro elevadas, em viaduto (São Gemil, Caverneira, Águas Santas e Espido), e as restantes oito à superfície.

No caso do metrobus, de acordo com a documentação, todas as estações serão à superfície, com viadutos entre Hospital São João II e Pedrouços, entre Giesta e São Gemil (para atravessar a Linha de Leixões, com estação elevada em São Gemil), outro até Caverneira (para atravessar a autoestrada A4) e até à chegada a Águas Santas, e entre Águas Santas e Milheirós (atravessamento da A3 e rio Leça).

Já entre parte do percurso entre Chantre e Parque Maia II, “com vista a atravessar sob a atual estação de metro Parque Maia, será necessário efetuar escavação”, havendo novos viadutos entre Parque Maia II e Espido (sobre a Estrada Nacional 14), Espido e Ponte de Moreira (paralelo à EN13) e entre Ponte de Moreira e Verdes II (sobre o nó da EN13 com a A41-CREP), e na chegada ao aeroporto “o canal deixa de ser segregado e irá acomodar-se à rodovia existente, tendo este que, eventualmente, ser adaptado”.

A expansão da rede do Metro do Porto anunciada na sexta-feira contempla a ampliação da rede em pelo menos 37 quilómetros com 38 novas estações, de acordo com a apresentação feita no Auditório Municipal de Gondomar.

Em causa estão as linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).

Os valores do investimento na expansão rondam os 1.000 milhões de euros (1.056 milhões se a linha Maia II for em metro, 921 milhões se for em ‘metrobus’), excluindo custos além da empreitada.

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