Governo abre concurso para 102 vagas em embaixadas e consulados

Embaixada de Portugal em Londres_Foto Alchetron

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) abriu hoje concursos para 102 vagas em embaixadas, missões e postos consulares portugueses, incluindo sete vagas para os consulados de Londres e Manchester no âmbito do Plano de Contingência para o ‘Brexit’.

Em comunicado, o MNE anuncia a abertura de um novo processo de recrutamento de funcionários para os Serviços Periféricos Externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, abrangendo um total de 102 vagas, 86% das quais se destinam a postos consulares ou secções consulares.

Do total de vagas em concurso, 95 resultam do processo regular de recrutamento anual e sete do reforço dos Consulados-Gerais de Portugal em Londres e Manchester, no âmbito da terceira fase do Plano de Contingência Consular para o ‘Brexit’.

A falta de pessoal nos consulados no Reino Unido tem sido criticada pelas comunidades e pelo PSD, que em agosto, numa carta dirigida ao ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, denunciou “uma situação caótica” nos agendamentos e questionou o Governo sobre a concretização da promessa de reforçar esses serviços com mais funcionários e meios informáticos.

O processo agora anunciado, explica hoje o ministério, visa reforçar a rede externa do MNE, composta por embaixadas, postos consulares, missões e representações, e prevê a contratação de funcionários para 76 postos, localizados em 50 países nos cinco continentes.

Os países com maior número de vagas são França (11 vagas), Estados Unidos da América (7), Reino Unido (7), Brasil (4), Alemanha (3), Angola (3), Canadá (3), Moçambique (3), Suíça (3) e Venezuela (3), explicita o MNE, acrescentando tratar-se de “países de grande presença das comunidades portuguesas”.

Segundo o MNE, este reforço da rede externa “prossegue o investimento feito na contratação de recursos humanos para os serviços periféricos externos, traduzido num aumento de 12% nos últimos cinco anos, correspondente a um reforço de 141 funcionários”.

Numa entrevista à Lusa em outubro, o presidente do CCP, Flávio Martins, alertou que a pandemia trouxe dificuldades acrescidas ao nível do funcionamento dos postos consulares, que “é algo que sempre precisa de estar acompanhado com maior proximidade e atenção”.

Questões como estas têm sido levadas ao conhecimento do Governo, do Presidente da República e dos deputados pelo CCP, órgão consultivo do Governo que em 2020 comemorou 40 anos

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