O francês Luca Van Assche conquistou, este domingo, o primeiro título da carreira enquanto tenista profissional ao vencer o Maia Open. A quarta edição do torneio do ATP Challenger Tour foi organizada pela Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia entre os dias 27 de novembro e 4 de dezembro, no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
Jovem promessa francesa de 18 anos e antigo número um mundial de juniores (venceu Roland-Garros sub 18 há um ano), Luca Van Assche (176.º) derrotou na final o austríaco Maximilian Neuchrist (359.º) com os parciais de 3-6, 6-4 e 6-0.
Apesar das três derrotas em finais nos últimos tempos — a primeira delas há dois meses, no Del Monte Lisboa Belém Open do CIF —, o tenista gaulês manteve a calma e não se deixou levar por pensamentos negativos quando cedeu o primeiro set sem qualquer break point a favor.
A partir desse momento, Van Assche levou o embate mais para o plano físico (Neuchrist veio da fase de qualificação e jogou inúmeras longas batalhas toda a semana), apostou nas pancadas paralelas para desgastar o adversário e agarrou-se ainda mais a todos os pontos para quebrar o experiente opositor (31 anos) em definitivo física e mentalmente (a qualidade das decisões foi diminuindo com o decorrer do duelo).
Depois de duas finais perdidas em Portugal, à terceira foi mesmo de vez para o “teenager” em solo luso — além da final Challenger no CIF, Luca Van Assche já tinha disputado uma final precisamente neste palco, no Maia Jovem (reputado torneio internacional de sub 14) de 2018.
Assim, a jovem promessa francesa e mundial estreou-se a vencer torneios enquanto profissional (a sua galeria de títulos não tinha sequer qualquer troféu ITF) e ainda garantiu a entrada no top 150 do ranking ATP nesta segunda-feira.
“Foi uma grande semana, em que tive encontros muito difíceis, e estou muito feliz por conquistar o título. A Maia será sempre um local especial para mim e significa muito ter ganho aqui, porque vencer um Challenger era um dos objetivos para este ano e consegui fazê-lo no último torneio”, partilhou na derradeira conferência de imprensa da semana.
No final do torneio, Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, fez o rescaldo à quarta edição do Maia Open: “O balanço é bastante positivo. Há quatro anos que organizamos o torneio em conjunto com a Câmara Municipal da Maia e temos vindo a elevar a qualidade organizativa de ano para ano. Estou muito contente porque o torneio correu muito bem. Obviamente que teria sido ainda melhor se tivéssemos jogadores portugueses na final de singulares, ou um par português como vencedor como tivemos nos dois torneios do ano passado, mas tivemos um brilhante vencedor, ainda com idade de júnior e do qual possivelmente ouviremos falar muito durante o próximo ano. É gratificante para o torneio passarem por aqui tenistas que no futuro serão grandes jogadores mundiais.”
O responsável federativo também anunciou a subida de categoria do Maia Open a partir de 2023. O desejo também era partilhado pelo diretor da prova, João Maio: “Já tinha falado com a Câmara Municipal da Maia sobre este assunto no ano passado, pois era ambição da autarquia subir o torneio de categoria. E é uma necessidade também por causa do Nuno Borges, pois estou convencido de que no próximo ano ele vai fazer uma carreira em torneios ATP e se este Challenger subir de nível pode ajudá-lo, enquanto não subindo não seria um ganho para ele em termos de pontos vir aqui jogar em casa.”