Despesas para a linha Rubi do Metro do Porto e para o metrobus aprovadas pelo governo

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Imagem arquivo

O Conselho de Ministros aprovou ontem, por via eletrónica, a realização de despesa e reprogramação de encargos relativos aos investimentos da Metro do Porto, nomeadamente a linha Rubi (Santo Ovídio – Casa da Música) e o ‘metrobus’.

É uma intervenção no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “mais concretamente, a expansão da rede de Metro do Porto (Casa da Música – Santo Ovídio) e a Linha BRT (Boavista — Império)”, pode ler-se num comunicado ontem divulgado.

O texto do Conselho de Ministros nada refere acerca de valores mas, na sexta-feira, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse que o concurso público para a empreitada da linha Rubi seria lançado esta semana, e que o custo da construção subiu cerca de 50% para 450 milhões de euros, face aos 299 milhões inicialmente previstos no PRR.

“Estaremos a falar de uma empreitada, em números redondos, que rondará os 450 milhões de euros, tudo. O processo ‘chave na mão’, sem material circulante”, disse aos jornalistas Tiago Braga, numa visita às obras da linha rosa do metro, junto ao Hospital de Santo António, no Porto.

Acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, o presidente da Metro disse que foi necessário incorporar o mecanismo de revisão de preços, previsto face ao contexto atual de inflação, bem como medidas previstas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projeto.

Sobre quem pagará o sobrecusto da empreitada, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, não apontou uma solução imediata, mas disse que avaliará “quais são as melhores condições para esses financiamentos: se é o PRR, se são empréstimos bonificados, se é valor do Fundo Ambiental ou do Orçamento do Estado”.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

Quanto ao ‘metrobus’, é um serviço de autocarros a hidrogénio que circulará em canal dedicado na Avenida da Boavista e em conjunto com o restante tráfego na Marechal Gomes da Costa, custando 66 milhões de euros, totalmente financiados a fundo perdido pelo PRR.

O novo meio de transporte terá serviços similares ao do Metro do Porto entre a Casa da Música e a Praça do Império, bem como entre Casa da Música e a Anémona (Praça Cidade do Salvador, em Matosinhos), tendo as obras do primeiro troço arrancado no final de janeiro.

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