Comunidade Energética Renovável tem âncora na LIPOR 2 na Maia

Foto LIPOR

A LIPOR 2, sediada na Maia, está na génese da criação de uma comunidade energética, que junta diversas instituições públicas, com “um objetivo social, o de combater a pobreza energética na região”, conforme adiantou o presidente da Câmara da Maia, um dos municípios aderentes.

De acordo com Silva Tiago, esta comunidade produz energia que, por exemplo, dá para “abastecer o concelho de Matosinhos todo”.

A Comunidade Energética Renovável (CER) criada em janeiro pela LIPOR, tem âncora na LIPOR 2 da Maia e integra municípios e outras entidades, destacando-se o Hospital de São João, a Santa Casa da Misericórdia do Porto e 10 câmaras municipais da região – Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo, Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso e Paredes. A CER permite usufruir de energia sustentável e de um desconto até 30%.

Em declarações ao Observador, o presidente da LIPOR, José Manuel Ribeiro, explica que “uma Câmara Municipal, ou uma outra entidade, que tenha um custo anual de um milhão de euros, vai ter uma poupança entre 200 a 300 mil euros por ano. É dinheiro”.

Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, lembra que a energia produzida pela LIPOR 2 dá para alimentar “o concelho de Matosinhos todo, só não dá para alimentar a Maia porque este é o segundo concelho do país, a seguir a Lisboa, que consome mais energia, devido à grande densidade de empresas aqui sediadas”.

Silva Tiago especifica que a CER integra ainda “várias empresas, a STCP, todas as empresas municipais do Porto, a Águas do Douro e Paiva, num total de cerca de 30 entidades”. A conjugação de esforços tem o objetivo de “baixar a despesa da fatura energética e assim combater a pobreza energética”.

Nascendo de entidades públicas, o propósito do projeto “é eminentemente social”. As entidades públicas associam-se depois a IPSS’s e, especifica Silva Tiago, “formam aqui um modelo muito interessante, que já acontece nos grandes países europeus do Norte da Eiropa. Estamos, e bem, a copiá-los”.

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