Assassinadas 19 mulheres até 30 de junho, 15 em contexto de relações de intimidade

Mais de 60% dos homicidas tinham relação com vítima nos casos apoiados na APAV em 2022
Violência doméstica

O Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou, entre 01 de janeiro e 30 de junho deste ano, 19 mulheres assassinadas, 15 das quais no contexto de relações de intimidade, segundo os dados divulgados esta quinta-feira, no Porto.

De acordo com os dados recolhidos pela OMA e pela União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), dos 19 homicídios que fizeram vítimas “mulheres e meninas”, 16 corresponderam a femicídios: crime de homicídio em que as mulheres são assassinadas por serem mulheres.

Desse número, 15 aconteceram em situações de intimidade, ou seja entre casal, e um envolveu um filho que matou a mãe.

Este número significa que, face ao mesmo período do ano passado, os casos de femicídio duplicaram, uma vez que em 2021 foram contabilizados sete casos.

O OMA, observatório que existe há 18 anos, analisou também os detalhes de 28 tentativas de assassinatos, sendo que 22 tentativas foram femicídio (20 em contexto de relações de intimidade).

“A sociedade portuguesa está consciencializada. Falta ação”, disse a presidente da UMAR, Liliana Rodrigues.

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