Apesar das pichagens Mural na Maia foi inaugurado no dia 25 de abril

Foto: CM Maia Mário Santos

O vereador da Cultura, Mário Nuno Neves, divulgou o ato de vandalismo na sua página pessoal de Facebook, descrevendo que que foram feitas no mural alusivo ao 25 de abril pichagens “de louvor ao ditador António Oliveira Salazar e com outras frases fascistas”.

O dia 25 de abril abria desta forma na Maia, com a garantia da Câmara de que a obra seria, como de facto aconteceu, na mesma inaugurada às 15h30 do mesmo dia.

Em comunicado, a Câmara Municipal da Maia, assegurava o programa previsto para a obra, de autoria de Regg Salgado e Mariana Santos e encomendada pelo município no âmbito do Programa Cultural das Comemorações.

A autarquia garantiu que “esse facto não impede” nem a inauguração nem os trabalhos necessários de restauro da obra.

“Quando a Liberdade que Abril nos concedeu é usada com inteligência, os portugueses elevam-se. Quando a mesma é usada com estupidez, com foi neste ato de vandalismo, todos nós nos apoucamos”, escreveu Mário Nunes Neves.

O vereador reforçava ainda o convite à população para que comparecesse à inauguração do Mural: “Que a presença de todos signifique um claro repúdio a atos praticados por quem com a História nada aprendeu”.

“O som da Revolução”, descreve a autarquia “é uma impactante manifestação artística”, com 420 metros quadrados, na qual os artistas “quiseram fazer uma homenagem aos milhares de pessoas que fizeram a revolução acontecer e que continuam até aos dias de hoje a lutar e a zelar pela liberdade”.

A pintura integra uma pessoa a segurar num rádio, pois foi exatamente na rádio que se ouviram as senhas que secretamente deram o sinal para o início da revolução.

“Esta obra pretende enaltecer a população que fez parte da revolução, pois foi exatamente pela sua adesão em massa ao movimento que a reação do regime foi praticamente inexistente, tornando o 25 de abril talvez a revolução mais pacífica da história”, aponta a autarquia.

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