Regresso às aulas com plano de recuperação de aprendizagens e greve de professores e funcionários

Regresso às aulas com plano de recuperação de aprendizagens e greve de professores e funcionários
Câmara Municipal recebeu professores

Cerca de 1,2 milhões de alunos do ensino obrigatório começam esta semana mais um ano letivo, que contará com um plano de recuperação de aprendizagens ainda em ambiente pandémico e sob apertadas regras de controlo de contágio da covid-19.

A Câmara Municipal de Vila do Conde realizou ontem a habitual receção aos professores que, este ano, estão colocados nas escolas de Vila do Conde. Uma cerimónia que, devido ao momento pandémico, foi dividida em duas sessões.

Entre hoje e sexta feira, começa o regresso às escolas que, segundo diretores e professores, será mais complicado do que os anteriores, uma vez que se espera que muitos alunos comecem as aulas sem todos os professores atribuídos.

No entanto, quando os alunos chegarem às escolas, o ambiente será semelhante ao do ano passado. Há corredores de circulação, higienização regular das mãos e dos espaços e os alunos continuam a poder estar apenas com os colegas mais próximos.

A partir do 2.º ciclo, a máscara é de uso obrigatório para todos os que atravessam os portões da escola, enquanto para os do 1.º ciclo a sua utilização é apenas recomendada, tal como já acontecia desde meados do passado ano letivo.

Os bares e as máquinas de venda automática poderão ser uma das poucas mudanças visíveis para os alunos, já que passou a ser proibida a venda de alimentos prejudiciais à saúde, como folhados, batatas fritas, refrigerantes, chocolates ou bolas de Berlim.

As cantinas das escolas começam esta semana a ser alvo de ações de fiscalização para garantir a qualidade das refeições fornecidas aos alunos, revelou o ministro da Educação, anunciando um novo plano de controlo de qualidade.

Nas salas de aula, outra das novidades será o arranque do Plano 21/23 Escola +, que tem como objetivo que os alunos consigam recuperar as aprendizagens perdidas durante os confinamentos forçados pela pandemia de covid-19.

Tal como aconteceu há cerca de um ano, também agora professores, funcionários e alguns alunos voltam a ser testados contra a covid-19: Os testes começaram há uma semana com os trabalhadores e, em 20 de setembro, começam os alunos a partir do 3.º ciclo.

As aulas começam com uma semana de greve de professores e de pessoal não docente, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) contra o processo de municipalização da Educação mas também pela melhoria das condições de trabalho e contra a precariedade.

O protesto é também contra a avaliação com quotas, a idade da reforma, a falta de subsídios de transporte e alojamento, os salários e os concursos de professores, que os sindicatos classificam como injustos.

Todos os profissionais de educação, incluindo os trabalhadores do ensino superior, estão abrangidos pelos avisos de greve, em vigor entre hoje e termina a 17 de setembro.

Partilhar:
Subscreva a nossa Newsletter