As autoridades registaram mais de 4.500 internamentos hospitalares com diagnóstico principal atribuível ao consumo de álcool em 2022, um ano em que aumentou o consumo rápido e excessivo (‘binge’) e a embriaguez, em particular nas mulheres.
Segundo o Relatório Anual 2022 – A situação do país em matéria de álcool, divulgado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), nos jovens de 18 anos, apesar da estabilidade do consumo recente e atual, em 2022 aumentou o consumo ‘binge’ e a embriaguez, que atingiu os valores mais altos desde 2015.
“Também as prevalências da experiência de problemas relacionados com o consumo de álcool foram muito superiores nos últimos dois anos por comparação aos anos pré-pandemia”, refere o documento, que aponta para 4.538 internamentos hospitalares com diagnóstico principal atribuível ao álcool, na sua maioria relacionados com doença alcoólica do fígado (67%) e dependência de álcool (21%).
Em 2022, nos registos do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), dos 936 óbitos positivos para o álcool e com informação da causa de morte, 37% foram atribuídos a acidente, 31% a morte natural e 13% a suicídio.
Com valores mais residuais surgiu a intoxicação alcoólica (4%), homicídio (2%), intoxicação por exposição a outras substâncias (2%) e overdose com substâncias ilícitas (1%).