Festival de Teatro Cómico da Maia atraiu mais de 10.600 espetadores

Foto reprodução de facebook de Maia Cultura

Este festival, uma organização da Câmara Municipal da Maia com Direção Artística e Produção do Teatro Art´Imagem, terminou no domingo, com a apresentação de “The Odder SideShow” da companhia portuguesa Fric à Frac. Mais de 10.600 espetadores participaram das sessões entre 5 e 15 de outubro.

Foram apresentadas 32 representações teatrais, protagonizadas por 27 companhias, sendo 10 de Portugal, 11 de Espanha, 2 de Itália, 1 da Colômbia, 1 co-produção Dinamarca/Portugal, outra Espanha/Portugal e uma EUA/Itália/Espanha.

Mais de 100 profissionais das artes de palco estiveram presentes na Cidade da Maia, onde durante onze dias consecutivos, apresentaram espetáculos que celebram as diversas facetas com que o Teatro e outras artes olham o humor, o riso, a comédia e a sátira, utilizando diversas disciplinas e géneros, do teatro de texto às mais contemporâneas linguagens artísticas.

A organização contabilizou 10.662 espetadores em todos os espetáculos desta 28ª edição do festival.

​O mote para este ano foi “Arruinar a depressão viva o riso em inflação”.


«Este Festival é uma espécie de tempo de encontro cultural comunitário de festa e partilha e que junta as artes de palco ao humor e ao cómico, esperando que os espetadores, com seus risos e gargalhadas mais sonoras ou apenas esboços de um sorriso amarelo, o vivam como um ato coletivo de prazer, reflexão e resistência contra um mundo que cada vez menos compreendemos e onde sentimos que as nossas vozes e presença não são ouvidas nem desejadas. É na plateia, afinal que está o verdadeiro palco da arte e a representação do mundo em que vivemos e são os espetadores que validam ou não os dramas e comédias que os homens e mulheres do teatro levam a cena para, num “faz de conta” consentido, nos fazerem parecer que aquelas imitações, aquelas críticas ou aquelas histórias que se passam em cena, sejam tão reais como as próprias vidas que vivemos, reconhecendo-nos também como personagens dos enredos dos dramas, tragédias e comédias a que assistimos durante estes onze dias cheios e alegres em que decorre o Festival, como se estivéssemos num tempo suspenso, numa pausa para pensar a nossa sensatez e humanidade e ganhar forças para o que der e vier, transformando os nossos risos e gargalhadas em armas de arremesso contra as injustiças e dificuldades quotidianas e conquistar o direito a uma vida digna e justa, a uma melhor cidadania a que todos temos direito e que a arte e a cultura reclamam», afirma o diretor artístico do certame, José Leitão, numa nota de imprensa onde faz o balanço desta edição.

​​​​​As companhias presentes e os espetáculos que apresentaram:
De Espanha vieram de várias comunidades da Andaluzia: Tombuctú Teatro (com duas peças “Mister Blue” e “La Sátira del Suicídio Romántico”); de Castela e Leão o Spasmo Teatro (El Mundo Lirondo); da Catalunha a Cia Pepa Plana (Voces que no ves) e a Companyia La Tal (Italiano Grande Hotel); da Galiza, Prod.Teatrais Excêntricas (O Porco de Pé). De Madrid, os Yllana & Tohtem (Trash) e a Cia Cirkofonic e Circada- Festival de Circo (Tea Time); do País Basco a Cia Marie de Jongh (Amour) e de Valência La Troupe Malabó (Karpaty) e o Ameba Teatro (Cataplum!!!Viver entre Bombas)

De Portugal: A Algures (A_Massa); Ana Lage (Histórias Praticamente Parvas); Companhia do Chapitô (Antígona 3 por 3,5); Contilheiras (Contilhices); d’Orfeu (Fado Mimado); Fric à Frac (The Odder SideShow); Tânia Safaneta (A Padeira, O Bobo da Corte, A Parva e o Circo Mais Pequeno do Mundo); Radar 360 (CircOOConferência); Teatro da Rainha (Discurso Sobre o Filho da Puta) e Projecto Ruinas (La Danse du Jour).

De Itália, Andrea Mariani Clown (Ewiva e Magi-Cómix-Mago Andrei). Da Dinamarca/Portugal, Cia Brutal (Bárbaro Shop). Da Espanha/Portugal, Ángel Frágua (Let Me Be e Psico-,Pata) Da Colômbia, Paula Malik (Clementina, a Eterna Enamorada”) Do EUA/Itália/ Espanha, Léo Bassi (70 +-).

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