Vila do Conde é a zona do país onde a fatura da água, que engloba também o serviço de saneamento e resíduos sólidos urbanos, é mais cara – 480,21 euros por ano. Segue-se Baião, Celorico do Basto, Gondomar e Trofa, todas com faturas anuais acima dos 440 euros. No extremo oposto está Vila Nova de Foz Côa, que apresenta o valor mais baixo – 88,20 euros. O alerta é deixado pelo mais recente estudo da Deco Proteste, que há mais de uma década tem vindo a alertar para a “discrepância entre concelhos nas tarifas da fatura de água”
“A disparidade entre municípios é notória e os consumidores não devem ser os únicos a suportar os custos”, refere a Deco Proteste em comunicado.
A disparidade de preços é notória nos vários serviços, sendo que a maior diferença do serviço de abastecimento de água para consumos anuais de 120 metros cúbicos de água encontra-se entre Vila do Conde (250,02 euros) e Terras do Bouro (46,50 euros).
Além do valor do custo da água, na fatura mensal também é cobrado o serviço de saneamento. Aqui, o valor mais elevado corresponde a 186,89 euros em Póvoa de Lanhoso (Braga). O estudo da Deco Proteste mostra que há três municípios de Portugal continental onde ainda não é cobrada a tarifa de saneamento.
Recentemente a Câmara Municipal de Vila do Conde anunciou a conclusão das negociações com a Indaqua (concessionária da água no município). O autarca, Vítor Costa afirmou que os consumidores domésticos que gastem até 10 m3 (num total de cerca de 33.000, diz a autarquia), terão uma redução de cerca de 35%, sendo que os restantes, assegura a Câmara Municipal, também serão abrangidos pela redução em percentagem “ligeiramente inferior”, a partir do mês de dezembro.