Em 75% dos municípios de Portugal o valor mediano dos rendimentos está abaixo da referência nacional, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo ‘Jornal de Negócios’: o rendimento médio bruto declarado em Portugal aumentou 4,8% em 2021, para 10.128 euros. O crescimento registou-se em todos os 308 municípios nacionais mas em 229 mantêm-se abaixo da média.
Dessas 229 autarquias, mais de metade estão concentradas na região Norte e Centro, com 78 municípios cada: no Norte, destacam-se Viana do Castelo, Guimarães, Gondomar, Chaves e Vila do Conde. Já no Centro, surgem Caldas da Rainha, Alcobaça, Peniche, Óbidos, Pombal, Soure, Covilhã, Torres Vedras e Abrantes. A seguir segue-se o Alentejo, com 32 municípios – Coruche, Alter do Chão, Viana do Alentejo e Vila Viçosa são alguns dos exemplos. No Algarve, há 10 municípios abaixo da média, com destaque para Lagos, Portimão e Olhão. Nas ilhas, há 11 municípios nessa situação nos Açores e sete na Madeira.
A taxa de crescimento nacional foi superior em 35% das autarquias, comparando com a média nacional: entre os maiores crescimentos estão o concelho de Odemira (9,5%), seguido por Cinfães (8,5%) e Armamar (8,3%). Paços de Ferreira, Murça, Alfândega da Fé, Ovar, Fornos de Algodres e Castro Verde tiveram também subidas superiores a 7%.
Oeiras (14.552 euros), Lisboa (13.378 euros), Cascais (12.296 euros), Alcochete (12.239 euros) e Coimbra (12.055 euros) são os concelhos onde se registam os valores medianos de rendimento bruto mais elevados do país.
Apenas 12 municípios apresentaram uma subida do valor mediano e uma taxa de crescimento anual superior às referências nacionais: Ovar, Ílhavo, Lousã, Mealhada, Batalha, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Braga, Vila Nova de Gaia, Vila Real, Benavente e Castro Verde.