Vila do Conde aposta no mar enquanto marca turística e quer turistas também no inverno

Vila do Conde aposta no mar enquanto marca turística e quer turistas também no inverno
Vila do Conde Nau alfandega (Foto: PM)

 

O município de Vila do Conde apresentou o Plano Estratégico de Marketing Turístico, para os próximos cinco anos e aposta na marca: “Vila do Conde, onde a cultura abraça o mar”.

O plano propõe 74 ações a desenvolver no período entre 2025 a 2030, focadas na digitalização e na sustentabilidade e com a parceria do Turismo Porto e Norte de Portugal.

A nova marca enquadra-se com as duas principais motivações de visita ao concelho, “apontadas pelos visitantes” e indicadas no Plano Estratégico de Marketing Turístico Vila do Conde: praia e mar (47,4% dos turistas) e história e património cultural (39,5%). A gastronomia é identificada por 31,6% e a proximidade ao Porto, com 15,8%.

Por nacionalidades, os portugueses privilegiam os itens praia e gastronomia, ao passo que os turistas internacionais preferem a história e a cultura do município nortenho.

Do documento apresentado esta terça-feira constam dados que apontam para um longo caminho a percorrer pelo município, o que se traduz também na informação de que Vila do Conde “tem dificuldade em prolongar a estadia no concelho”. Neste indicador, o concelho apresentou no ano passado uma média de 1,6 noites por hóspede, menos 20% que na Área Metropolitana do Porto (AMP) e ainda mais abaixo das 2,4 noites da média nacional.

Outro dado constante do plano é a capacidade do alojamento em termos de empreendimentos turísticos. Em Vila do Conde, esta é de 6,3 por cada mil habitantes, muito abaixo do rácio do Norte (23,9) e ainda mais da AMP, onde ascende aos 26. A média do conjunto do país é quase sete vezes superior, 41,6 alojamentos por 1000 habitantes. Estes dados do INE, de 2023, ainda não contemplam dois novos hotéis, de quatro e cinco estrelas (com 99 e 87 quartos, respetivamente), com os quais Vila do Conde “duplicou a sua capacidade”, indica o plano estratégico.

Os portugueses valem 45% dos que passam a noite numa unidade turística, seguindo-se, a longa distância, os espanhóis (12,4%), alemães (7,4%), franceses (6,4%) e norte-americanos. Estes, apesar de só valerem por 3% das dormidas em Vila do Conde, já superam os britânicos, mercado emissor tradicional, e mais que duplicaram desde 2019.

Quanto aos peregrinos do Caminho de Santiago em trânsito. Do total de 3226 pessoas que por ali passaram, mais de 40% eram alemães.

“Vila do Conde tem um grande potencial turístico”, considera o presidente da autarquia, Vítor Costa, que quer atrair turistas também no inverno e promover um turismo sustentável, tanto quanto possível voltado para o mar.

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