Três pessoas acusadas na Maia por burlas de “Olá mãe olá pai” na ordem dos 218 mil euros

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O Ministério Público na Comarca do Porto (Maia – 2ª secção) acusou três arguidos, sendo dois pela prática de seis crimes de burla qualificada (dois na forma tentada), dois crimes de falsidade informática, um crime de associação criminosa, e um crime de branqueamento, e um terceiro arguido, por um crime de burla qualificada, outro de crime de associação criminosa e outro crime de branqueamento.

O despacho de 12 de novembro refere que, “desde final do ano de 2022, que o casal de arguidos integrou uma rede transnacional dedicada à prática massiva de burlas “Olá pai Olá mãe” ou “falso familiar”.

Estes arguidos tinham como tarefas a aquisição de cartões SIM, ativando-os e disponibilizando-os de forma massiva, em modens GSM que também adquiriam, e que estavam configurados em aplicações acessíveis através do servidor “agente.smshub.org”, a outros membros do grupo. A estes caberia, em regra, a criação de contas no WhatsApp e sua utilização junto de potenciais vítimas.

Para a aquisição de cartões SIM, os arguidos serviram-se de anúncios no Facebook associados a um perfil falso, em nome de Sofia Guimarães. Através dos modems os arguidos conseguiam, ainda, alterar os IMEI bloqueados pelas operadoras, e ocultar o rasto da origem das comunicações.

O Ministério Público sustenta ainda que, “em duas situações, foram os próprios arguidos os autores das mensagens fraudulentas. A disponibilização destas ferramentas à rede permitiu a estes arguidos ganhos de, pelo menos, €218.732,60, recebidos em criptomoeda, que converteram através de venda, com depósito das quantias em contas bancárias de terceiras pessoas a si relacionadas”.

A estes dois arguidos e à organização instalada, juntou-se o terceiro arguido a quem cabia o papel de disponibilizar entidades, referências e contas bancárias para onde as vítimas faziam pagamentos ou transferência. Este arguido recebeu, entre agosto e setembro de 2023, o valor de €12.523,00.

Um dos arguidos e elemento do casal está sujeito a prisão preventiva.

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