Os cinco arguidos da Operação Influencer ficam a aguardar julgamento em liberdade. Segundo as medidas de coação, conhecidas esta segunda-feira, Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária ficam obrigados a não sair do país.
O juiz Nuno Dias e Costa decretou termos de identidade e residência para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, assim como para os administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.
Já o ex-chefe do gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, e o advogado Diogo Lacerda Machado, não podem sair de Portugal, e têm que entregar o passaporte no tribunal nas próximas 24 horas. No caso de Lacerda Machado, que António Costa rejeitou como amigo no sábado, foi ainda decretada uma caução de 150 mil euros, para pagar no prazo de 15 dias.
O Ministério Público tinha pedido a prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, para Lacerda Machado e para Vítor Escária. No caso de Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, foi pedida a suspensão do mandato, assim como a proibição de entrar nas instalações da autarquia e a proibição de contactos.
Quanto aos administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, o MP pediu cauções de 200 mil e 100 mil euros, respetivamente, conjuntamente com a proibição de contacto com todos os arguidos. Para a empresa Start Campus, que também é arguida, foi pedida uma caução de 19,5 milhões de euros.
Estes cinco arguidos foram detidos no âmbito do processo em curso. As alegações finais dos advogados e Ministério Público decorreram no domingo, após a conclusão dos interrogatórios.
No total, há nove arguidos na Operação Influencer. Entre eles está o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira. Nestes casos, não foram feitas detenções.
O MP suspeita que foram cometidos crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influências.