Subida do preço dos alimentos nas próximas semanas é previsível, avisa empresa da Maia – Cerealis

Foto: Google

A Cerealis, empresa detentora das marcas Nacional e Milaneza, sediada na Maia, admitiu ser “previsível” que o impacto das consequências da guerra na Ucrânia no preço dos alimentos seja “inevitável” durante “as próximas semanas”.

“É previsível que durante as próximas semanas (curto prazo) o impacto nos preços dos alimentos em geral seja inevitável”, disse à Lusa João Paulo Rocha, diretor de comunicação da empresa sediada na Maia, e que no Norte conta com instalações na Trofa e no Porto e, no resto do país, em Coimbra e Lisboa.

Esta fonte oficial da empresa disse que no caso da Cerealis, também devido ao efeito da guerra na Ucrânia e aos impactos adjacentes, poderá haver subidas “nas massas, nas farinhas, nos cereais de pequeno-almoço e nas bolachas”, áreas de atividade da empresa.

“Em termos de impacto direto nos preços aos consumidores, é algo que nós não dominamos, pois estamos no início da cadeia de abastecimento ao mercado”, ressalva, no entanto, João Paulo Rocha, já que a Cerealis não vende diretamente ao público.

Quanto às subidas de preços verificadas diretamente pela empresa, estas “são transversais por efeitos diversos — das matérias-primas (cereais, óleos), dos materiais de embalagem, da logística (petróleo) e, muito importante, do custo da energia (gás e eletricidade)”.

Apesar da Cerealis não importar diretamente da Rússia, Bielorrússia e Ucrânia, mas sobretudo da União Europeia (UE), o responsável assinala que dada a importância dos mercados de leste, “os efeitos do atual quadro de guerra, sanções e bloqueio da atividade nos portos da região, são de fortíssimas subidas de preços e dificuldades de abastecimento pelo acréscimo de procura de importadores normalmente abastecidos por estes países”.

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