Sindicatos dos médicos e Governo retomam hoje as negociações

No dia em que é retomada a reunião entre os sindicatos e o Governo, o secretário-geral do SIM espera que o “protocolo chegue a bom porto” admitindo a possibilidade de convocar uma nova greve.

Governo e sindicatos dos médicos retomam esta terça-feira a reunião para acertarem os termos das negociações, com as estruturas representativas dos clínicos a não abdicarem da exigência de incluir a tabela salarial no protocolo negocial.

Na última reunião, que decorreu a 13 de julho, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) avançaram com uma contraproposta ao protocolo negocial apresentado pelo Ministério da Saúde para que a grelha salarial desses profissionais fosse incluída nas negociações.

Perante isso, a reunião foi suspensa e será retomada esta terça-feira, com o secretário-geral do SIM a adiantar à agência Lusa que espera que agora o “protocolo chegue a bom porto” para que seja possível, na prática, dar início às negociações.

“A questão salarial é essencial, já que um médico especialista aufere cerca de 1.800 euros, o que, nos tempos que correm, não permite a sua mobilidade entre regiões”, um nível de vencimentos que faz com que, sobretudo, o setor privado seja “muito mais atrativo” do que o público, salientou Jorge Roque da Cunha.

Segundo disse, “finalmente o Governo reconheceu” a necessidade de negociar com os sindicatos questões da carreira médica, já que medidas como o aumento dos valores pagos pelas horas extraordinárias nos serviços de urgência “são pontuais”.

“O SIM entende que este é o momento de negociação” e não de contestação, salientou Roque da Cunha, para quem um acordo sobre esta matéria, assim como o reforço do investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), vai permitir “criar as condições para que haja menos médicos a sair” dos hospitais e centros de saúde públicos.

 

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