O presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP) afirmou hoje que foi obtido o “maio acordo de sempre” com o Governo para os sapadores, com aumentos na ordem dos 60% em três anos.
“Era impossível não assinar um acordo desta dimensão, quando o Governo coloca estes valores em cima da mesa e quando há uma instabilidade política e social enorme no país” que pode levar a eleições “a qualquer momento” e a obrigar a reiniciar o processo negocial, afirmou à Lusa Sérgio Carvalho, no final de uma reunião com estruturas do sindicato.
Nas últimas semanas, os dirigentes sindicais têm estado nos quartéis para explicar as condições do acordo, porque “havia muita desinformação sobre as conquistas obtidas”.
“É o maior acordo de sempre firmado na valorização da carreira dos bombeiros sapadores”, considerou Sérgio Carvalho, dando o exemplo de quem está no início da carreira.
“Um bombeiro sapador em dezembro de 2024 auferia 1075,85 euros no início de carreira já com o subsídio de risco, penosidade, insalubridade e disponibilidade permanente integrados no base” e “em janeiro de 2028, que é quando fecha todo este ciclo de transição de suplementos, vai auferir de vencimento de 1462,29 euros, mais 300 euros de suplemento de função de bombeiro, que inclui risco, penosidade e insalubridade, com um valor total de 1762,29 euros”, explicou Sérgio Carvalho.
Em comparação com o salário mínimo, no final do ano passado um bombeiro no início da carreira auferia mais 255 euros que o salário mínimo e em 2028 irá ganhar 742 euros em comparação ao que será o ordenado mínimo previsto.
“Isto são números factuais e os bombeiros têm que saber do que é que se está a falar”, porque “havia muita desinformação nos quartéis de bombeiros, os bombeiros não estavam a par das contas e dos valores que estavam em cima da mesa”, explicou.