“Holofáutico” dos artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves propõe um percurso performativo aos Estaleiros Navais, em Azurara, Vila do Conde, no próximo sábado, dia 22, às 21h30, com entrada é livre.
“Holofáutico” é uma palavra construída pelos artistas, na sequência da residência que realizaram no Estaleiro Naval, a convite da Circular Associação Cultural, para fazerem o primeiro trabalho do projeto Microcidades, com curadoria de Joclécio Azevedo.
Na performance, a dupla de artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves propõe um percurso por este lugar fora de água, de barcos em terra, enquanto reflexo do que foi a sua experiência de aprendizagem sobre as histórias e as técnicas da construção naval. Impressionante espaço de confluência de imagens e pessoas, é por entre embarcações novas e antigas, em processo de construção ou reparação, que nos deixamos navegar por este importante centro aglutinador das atividades piscatórias e da memória coletiva da região.
A performance tem o apoio da Docapesca – Portos e Lotas, S.A..
Daniel Moreira e Rita Castro Neves vivem e trabalham entre o Porto e a Beira Alta. Daniel Moreira é licenciado em Arquitectura e iniciou em 2000 um percurso multidisciplinar entre a arquitectura e as artes plásticas. Rita Castro Neves, após terminar o curso avançado de Fotografia do Ar.Co em Lisboa e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art de Londres, iniciou uma atividade artística regular, de docência (Faculdade de Belas Artes do Porto) e de curadoria.
Com percursos artísticos separados, começam a trabalhar em colaboração com Laking, em 2015 e a convite do espaço artístico finlandês Oksasenkatu 11, iniciando um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que refletem com o desenho, a fotografia, o som e o vídeo, de forma instalada, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Desde então realizam diversas exposições individuais e coletivas, bem como residências artísticas e publicações.
Em 2020 terminam o projeto de recuperação da Escola de Macieira, uma antiga escola primária do Plano dos Centenários na Serra de São Macário, na Beira Alta, para aí iniciarem um projeto de reflexão sobre cultura serrana, a natureza e o rural, e logo pela ecologia, a biopolítica e a preservação ambiental.
No seu estúdio no Porto desenvolvem desde 2021 o projeto de arte postal Caixa de Correio.
Em 2022 publicaram o livro Arquivos de Bouça Fria com a editora Museu da Paisagem.