Quintanilha e Fiolhais deram a sua visão sobre o futuro

Foto cedida pela organização das Conferências do Futuro

Alexandre Quintanilha e Carlos Fiolhais, considerados dois verdadeiros príncipes da Ciência, provaram porque razão são considerados grandes divulgadores de conhecimento científico, graças à sua eloquência comunicativa.

Na conferência que teve lugar na Fundação Gramaxo, esta quinta-feira à noite, os oradores convidados para falar sobre “O futuro da Ciência”, além de terem feito uma retrospetiva histórica, citando nomes incontornáveis e seus relevantes contributos para o desenvolvimento da Ciência, demonstraram à audiência, quer a importância da humildade no pensamento e atitude dos cientistas na tentativa de descoberta e consolidação do conhecimento, como a relevância que assume para o desenvolvimento da Humanidade, termos no governo das nações, líderes políticos que não sejam ignorantes e não teimem em afirmar-se como negacionistas da evidência científica.
A este propósito, foram trazidos à mesa de debate os erros do negacionista Donald Trump e dos seus seguidores, cujas “consequências desastrosas estão patentes, por exemplo, nos trágicos impactos que a COVID-19 teve nos Estados Unidos, que se tornou o primeiro país do mundo a ultrapassar 1 milhão de mortes”, refere a nota da organização.

Ainda sobre esta matéria, os oradores estiveram de acordo em considerar que o papel da Ciência no combate à pandemia foi “determinante para que tivesse sido possível ganhar essa batalha”, referindo que a disponibilização dos “necessários recursos financeiros e, sobretudo, uma justa valorização do trabalho na investigação, por parte das organizações internacionais e dos governos, criou as condições ideais para que num tempo invulgarmente curto, cerca de nove meses, a Ciência tivesse apresentado resultados, produzindo uma vacina que permitiu parar o vertiginoso avanço da pandemia”.

Por fim, quando Luís Melo, moderador de serviço nesta terceira conferência, deu a palavra ao público, os oradores, dois amigos que ali partilharam muito do seu saber com quem teve o privilégio de estar presente no evento, respondendo a uma pergunta de um espetador, afirmaram a sua “comum perspetiva sobre as virtudes e riscos que muitas das inovações tecnológicas que resultam dos colossais avanços da Ciência podem representar para as sociedades, lembrando que tudo depende da bondade ou maldade com que nos servimos do conhecimento e dos instrumentos que a Ciência nos proporciona”.

Ficou também muito claro para o público, que Alexandre Quintanilha e Carlos Fiolhais, muito para além de serem dois reputados cientistas portadores de prestígio internacional, são também proprietários de uma riquíssima cultura que lhes confere uma sólida densidade intelectual.

Na sua brevíssima intervenção, o Comissário Geral do ciclo “Conferências do futuro”, Victor Sampaio Dias, agradeceu a “generosidade revelada pelos brilhantes oradores”, apreço que estendeu igualmente a Sebastião Feyo de Azevedo, presidente da Comissão Consultiva, que é acompanhado nesse órgão de consulta, por Luís Melo e Nassalete Miranda.

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