Presidente da AM de Vila do Conde alvo de críticas e pedidos de demissão por dizer ter tido vontade de “partir o focinho” a deputado do Chega

PS Vila do Conde retira confiança política a Ana Luísa Beirão
Ana Luísa Beirão (Foto CMVC)

O PSD Vila do Conde exige uma tomada de posição do líder do PS de Vila do Conde e presidente de Câmara, Vítor Costa, face a um comentário da presidente da Assembleia Municipal (AM), a socialista Ana Luísa Beirão.

A última sessão da Assembleia Municipal de Vila do Conde ficou marcada por um episódio inédito que os socialdemocratas apelidam de lamentável incidente protagonizado pela presidente da mesa que, após uma intervenção de um deputado do Chega, sussurrou para a secretária da mesa: “ai que vontade de lhe partir o focinho”.

“Esta situação configura uma atitude inaceitável no âmbito do exercício do mandato da presidente da mesa da Assembleia Municipal e incompatível com os mais elementares princípios de respeito, decoro e responsabilidade” acusa o PSD, acrescentando ser “mais preocupante ainda o silêncio e a falta de tomada de posição por parte de Vítor Costa, presidente do Partido Socialista de Vila do Conde e, como tal, responsável pela indicação da pessoa da Srª Presidente para este cargo tão emblemático para a democracia do nosso município, o que nos obriga a questionar sobre uma eventual condescendência para com comportamentos que não podem ser tolerados em democracia”.

A concelhia de Vila do Conde do Chega já tinha afirmado ser uma atitude “escandalosa” e considerado ter sido feita “uma ameaça à integridade física” do deputado Sérgio Gomes.

“Este comportamento repugnante, vindo de alguém que deveria ser o garante da pluralidade política na casa da democracia de Vila do Conde, assume uma gravidade especial por não ter sido proferido durante um qualquer debate político entre deputados, mas sim pela própria presidente da mesa”, referiu o partido.

O movimento independente NAU, da ex-presidente da Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz, também reagiu ao sucedido, dizendo-se “incrédulo” com o “triste” acontecimento.

“Que Abril é este? Abril de 74 não serve apenas para colocar cravos ao peito. Passados 50 anos, em Abril de 2024, exige-se de todos, dignidade, frontalidade e assunção de responsabilidades”, lê-se no comunicado.

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