Esta quarta-feira passam 124 anos do nascimento de José Régio, o poeta de Vila do Conde que escolheu Portalegre como segunda terra.
A Câmara Municipal de Portalegre assinala o nascimento de uma das figuras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX, “poeta, professor e pensador que deixou uma profunda marca na cidade”.
A partir das 10h00, a Casa Museu José Régio recebe uma visita guiada e um atelier temático intitulado “O que vestia o Professor José Maria”. Durante a atividade, os vão selecionar peças em papel reciclado para vestir a figura simbólica do professor José Maria dos Reis Pereira, numa abordagem criativa à sua memória e estilo pessoal.
As comemorações prosseguem no dia 25 de setembro, pelas 16h00, com uma conferência intitulada “Agustina/Régio – Uma amizade singular”, conduzida por Mónica Bessa-Luís Baldaque.
“O evento pretende explorar a rica correspondência trocada entre José Régio e Agustina Bessa-Luís, revelando reflexões sobre literatura, vivências pessoais e os sentimentos que uniam os dois escritores”, explica o município.
José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde a 17 de setembro de 1901 e faleceu na mesma cidade em dezembro de1969. Licenciado em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra, foi professor de Português e Francês em Portalegre durante mais de três décadas.
Fundador da revista Presença, foi um dos principais nomes do movimento literário do segundo modernismo português. A sua obra abrange poesia, teatro, romance, conto, crítica literária e ensaio. Entre os seus livros mais conhecidos estão Poemas de Deus e do Diabo (1925), Benilde ou a Virgem-Mãe (1947) e A Velha Casa, uma série de seis volumes.
Além da escrita, Régio foi um colecionador apaixonado de arte sacra e popular, e deixou também uma marca como desenhador e pintor. A sua visão da literatura como expressão autêntica da personalidade artística influenciou gerações de escritores.