Os portugueses Nuno Borges e Gonçalo Oliveira apuraram-se, esta terça-feira, para a segunda ronda do quadro principal de singulares do Maia Open. O torneio do ATP Challenger Tour é organizado pela Federação Portuguesa de Ténis com o apoio da Câmara Municipal da Maia entre os dias 27 de novembro e 4 de dezembro.
De regresso a casa e motivado para o último torneio da época, o maiato Nuno Borges (93.º classificado no ranking ATP) venceu o uzbeque Denis Istomin (481.º e ex-33.º) por 6-3 e 6-0.
Num encontro de sentido único, o número dois nacional descolou no marcador a partir do quinto jogo do parcial inaugural. Mais fresco, motivado e com mais armas do que o adversário, já na fase final da carreira, Borges celebrou após meros 53 minutos de duelo.
“Entrei nervoso, mas depois foi um encontro bastante tranquilo. Ele acabou por se render animicamente, eu percebi e isso ajudou a que pudesse deixar o encontro acontecer da melhor maneira. O grande objetivo era ganhar e regressar com boas sensações, mas não ir desgastado para a próxima ronda também é importante”, afirmou numa conferência de imprensa em que partilhou o desejo de ganhar pela primeira vez o Maia Open e garantir o quadro principal do Australian Open, um ano depois de ter sido semifinalista e finalista na dupla edição de 2021.
Na segunda ronda, que será disputada na quinta-feira, Nuno Borges terá pela frente ou o ucraniano Oleksii Krutykh ou o compatriota Pedro Sousa, que medirão forças na próxima jornada.
Antes do maiato, também Gonçalo Oliveira (485.º do ranking) seguiu em frente. O portuense de 27 anos não entrou bem, mas conseguiu dar a volta ao sérvio Nikola Milojevic (atual 233.º, mas 125.º no início da época) e triunfou por 5-7, 6-3 e 6-0.
Depois de um primeiro parcial equilibrado, em que um par de erros devolveu a Milojevic a chance de se adiantar no marcador, Oliveira arrancou a segunda partida confiante, muito relaxado e cada vez mais determinado. Com um break matutino, o português ditou o rumo dos acontecimentos e terminou o encontro a vencer 12 dos últimos 15 jogos.
A reviravolta foi assinada em 125 minutos e colocou Gonçalo Oliveira na rota de Jurij Rodionov. O austríaco, 120.º classificado no ranking e segundo cabeça de série, iniciou a campanha no Maia Open com um triunfo por 6-4 e 6-3 perante o checo Zdenek Kolar (249.º) ainda na jornada de segunda-feira.
“Tenho trabalhado bem nas últimas duas semanas. Não arranquei muito bem no primeiro set, com alguns falhanços e duplas faltas a mais. Estou muito contente com o segundo e, sobretudo, o terceiro set, acho que foi um excelente terceiro set“, disse o jogador português em conferência de imprensa. “Conheço o Nikola há bastante tempo, mas estava surpreendido com as suas pancadas que estavam a raspar no court, muito chapadas, e não esperava isso em terra. Ajustei as minhas pancadas, fui mais rápido com o movimento e quando fiz isso começou tudo a andar.”
Menos feliz do que Borges e Oliveira foi Fábio Coelho. O jovem de Oliveira de Azeméis, que treina há vários anos na Maia, recebeu um wild card para o quadro principal, mas não conseguiu aproveitá-lo e perdeu por 6-3 e 6-0 para o favorito Raphael Collignon (297.º), da Bélgica.
Ainda esta terça-feira, os irmãos Francisco Rocha e Henrique Rocha registaram a primeira vitória de jogadores portugueses no quadro de pares deste Maia Open — e também a primeira das carreiras lado a lado a este nível.
Curiosamente, Rocha e Rocha venceram outra dupla de irmãos, Tiago Filipe Silva e João Dinis Silva (também eles maiatos), por 6-3 e 6-2.
Com esta vitória, os dois acederam aos quartos de final, ronda na qual terão pela frente Petros Tsitsipas — irmão mais novo de Stefanos Tsitsipas — e Sem Verbeek. O grego e o neerlandês são os terceiros cabeças de série e levaram a melhor sobre João Domingues e Pedro Sousa por 7-6(4) e 6-4.