Nuno Borges cumpre sonho de criança ao vencer o Maia Open

Nuno Borges vence Maia Open_Foto: Sebastião Guimarães/FPT

Maiato conquistou o “título mais especial” no palco que o viu crescer e tornar-se tenista profissional.

Nuno Borges, maiato de 26 anos, realizou este domingo um objetivo de criança ao vencer o Maia Open — torneio do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizaram no Complexo Municipal de Ténis da Maia.

O feito foi assinado perante milhares de espetadores que preencheram por completo as bancadas e contra uma das estrelas do elenco de luxo da sexta e mais importante edição da prova: o francês Benoit Paire (130.º e ex-18.º com três títulos ATP no currículo), que nada pode fazer para travar uma exibição que roçou a perfeição selada com os parciais de 6-1 e 6-4 em 1h02.

Num dos melhores elencos de sempre de finais portuguesas na categoria, Nuno Borges foi o melhor do início até à conclusão do duelo.

É sem dúvida um sonho tornado realidade”, reconheceu em conferência de imprensa, fazendo eco às palavras que tinha dito ao público antes e depois de erguer o troféu.

Quando ganhei o match point comecei a reviver os momentos que tive aqui no passado. Onde agora temos a tenda dos jogadores é o Court 1, aquele em que provavelmente passei mais horas entre os meus 12 e 14 anos. Podia estar aqui durante meia-hora a contar histórias. O Central claro que é o pico da Maia, um estádio que me diz muito e a vários portugueses também. Tivemos cá eliminatórias da Taça Davis, eu fui apanha-bolas na Taça Davis… chegou a haver aqui um torneio ATP do qual eu não me lembro, mas que teve jogadores como o Juan Carlos Ferrero e agora fazer parte desse grupo de campeões deste campo, com um estádio cheio como nunca me lembro de ver e com família, amigos e aqueles que treinaram comigo é algo que me diz muito.”

2023 foi o melhor ano da carreira de Nuno Borges e por isso o Maia Open não é o título mais importante em termos de pontos (esta época venceu o Challenger 175 de Phoenix e o Challenger 125 de Monterrey), mas “emocionalmente foi, sem dúvida, um highlight na minha carreira e algo muito especial para mim.”

Com o triunfo caseiro, que corresponde ao quinto troféu da carreira no ATP Challenger Tour, o melhor tenista português da atualidade subirá 12 lugares na atualização do ranking desta segunda-feira, até ao 66.º posto — a três da melhor classificação, alcançada em abril.

A cereja no topo do bolo para a época de afirmação ao mais alto nível e a rampa de lançamento perfeita para um 2024 que espera ser de novos voos, um deles até Paris para cumprir outro sonho, o de representar Portugal nos Jogos Olímpicos.

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