Uma refugiada ucraniana, com 37 anos, politraumatizada, está internada no Centro Hospitalar Universitário de São João.
Em declarações à comunicação social, Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Hospital disse que a doente trouxe “a mãe e a filha” da Ucrânia.
A mulher “sofreu um atropelamento no dia 22 de dezembro de 2021, do qual resultaram múltiplas lesões graves”, tinha já informado o hospital.
A doente está “estável”, está a ser submetida a exames, tem lesões “complexas, mas está “feliz”.
Numa conferência de imprensa, na qual também participaram os diretores de serviço de Ortopedia, António Sousa, e de Urologia, Carlos Silva, foi revelado que a doente “necessitará de várias cirurgias”.
“Esta senhora tem uma ferida em quase exposição e por isso prevê-se a necessidade de várias cirurgias e de uma abordagem multidisciplinar: Ortopedia, Urologia, Cirurgia Plástica, num processo que vai ser longo seguramente”, disse António Sousa.
Chegou ao hospital pelas 02h da madrugada, depois de uma viagem de cerca de cinco horas de Lviv (Ucrânia) para a Polónia, de ambulância. À chegada ao São João foi recebida por um médico ucraniano, Oleg Borysyak, e ficou internada na Unidade de Medicina Intensiva.
Os pais da doente já estão em Portugal há vários anos e foi a mãe quem foi ao país em guerra buscar a filha. A equipa que acompanha ViiKtoria inclui especialistas de Psicologia.
O hospital diz-se disponível para receber mais doentes ucranianos – tem 138 camas.