A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, afirmou esta quarta-feira que nenhum aluno com dificuldades económicas será discriminado no acesso ao ensino superior, “independentemente da sua raça, da sua religião, daquilo que for”.
Em Braga, em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL), que fez acompanhada da sua congénere espanhola, Elvira Fortunado sublinhou que o Governo vai implementar já este ano “uma série de medidas” para apoiar os alunos mais desfavorecidos e os deslocados.
“Não queremos deixar que nenhum aluno, por questões económicas, não tenha acesso ao ensino superior. Isso está fora de causa”, referiu.
A ministra aludiu a “uma série de subsídios” que este ano vão ser dados pela primeira vez, entre os quais o subsídio de transporte.
Disse ainda que, este ano, os alunos vão saber, “praticamente na altura em que se candidatam”, se têm ou não acesso a uma bolsa social, quando até aqui tinham de esperar “muito tempo” para terem essa confirmação.
“Isso fará toda a diferença, porque poderão desde logo assumir que não será por razões financeiras que não irão para o ensino superior”, afirmou.
A ministra respondia, assim, a questões dos jornalistas sobre a alegada falha do Governo na criação, para o próximo ano letivo, de um contingente de 500 lugares no ensino superior para alunos de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).
Esta medida era uma das principais novidades do Plano Nacional Contra o Racismo e Discriminação, aprovado em julho do ano passado, que previa quadruplicar as vagas para alunos desfavorecidos em três anos: 1.000 em 2023, 1.500 em 2024 e 2000 em 2025.