Maia vence prémio “Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques”

Foto: Mário Santos/CM Maia

 

A Câmara Municipal da Maia venceu, na categoria “Reabilitação Urbana Sustentável e Inteligente”, o Prémio Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques. O presidente da Câmara Municipal, António Silva Tiago, recebeu o galardão, esta terça feira, dia 8, durante o Portugal Smart Cities Summit, evento líder das Smart Cities em Portugal, a decorrer em Lisboa.

O autarca da Maia recebeu a distinção atribuída ao projeto “Sobreiro – Bairro de Energia Positivo e Inclusivo” com orgulho, tendo admitido ser  “um reconhecimento do trabalho intenso que temos desenvolvido na reabilitação urbana desta área nobre do nosso município. Temos vindo a investir nesta área no sentido de promover um desenvolvimento sustentável, sempre com o foco na melhoria de vida das pessoas e das famílias”.

Criado pela Fundação AIP o Prémio Portugal Smart Cities António Almeida Henriques é uma homenagem ao antigo autarca e governante e defensor das políticas de “smart cities” (cidades inteligentes). Distingue projetos inovadores, sustentáveis, eficientes e soluções de inteligência urbana, que contribuem para a concretização de práticas efetivas que tornam as cidades cada vez mais inteligentes e sustentáveis.

O projeto da Maia, após a avaliação, foi elogiado pelo painel de jurados especializados.

Recorde-se que a intervenção de reabilitação do empreendimento de habitação social, agora designado por Jardins do Sobreiro, quando se concebeu o projeto integrava 44 blocos habitacionais de 4 pisos e 4 torres com 10 e 11 pisos, correspondendo a um total de 504 fogos de habitação e uma pequena zona comercial e de serviços, num piso térreo que articula as torres 1, 2 e 3.

O projeto incluiu intervenções nos edifícios e no espaço público envolvente, tendo a responsabilidade de execução sido articulada entre a empresa municipal, Espaço Municipal – Renovação Urbana e Gestão do Património EM, que desenvolveu as intervenções no edificado, e o município, que abordou a reabilitação dos espaços públicos.

Ao nível do edificado, as grandes linhas de intervenção focaram-se “no aumento das condições de conforto térmico e de eficiência energética dos edifícios, através de um novo sistema de fachada ventilada constituído por painéis cimentícios que se sobrepõem e protegem o isolamento térmico aplicado pelo exterior, para além da renovação das coberturas com integração de isolamento térmico e da substituição das caixilharias por novas de alumínio com corte térmico, vidro duplo e grelhas de ventilação autorregulável”, refere uma nota informativa da autarquia maiata.

Em simultâneo, também se promoveu uma melhor articulação urbana dos edifícios através da reabilitação e renovação das infraestruturas e dos espaços públicos, incluindo áreas verdes, a demolição de um edifício e a abertura de novos eixos de ligação à malha urbana do centro da cidade da Maia, com uma preocupação particular na melhoria das condições de acessibilidade universal, a eficiência energética e as condições de fruição de espaços verdes e de socialização.

Mais recentemente, e relativamente aos últimos 7 edifícios cuja reabilitação está ainda por concretizar (Blocos 41 a 47), e com vista à melhoria das condições de acessibilidade e de eficiência energética, as intervenções incluem também a construção de ascensores acessíveis externos, a renovação de algumas infraestruturas, revestimentos e louças das instalações sanitárias e dos espaços de cozinha, e a instalação de painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica.

O município considera que “para reabilitar um espaço não é suficiente fazê-lo apenas recorrendo a intervenções físicas. Nesse contexto, paralelamente à reabilitação dos edifícios e espaços públicos, um intenso trabalho de planeamento, projeto e iniciativas de envolvimento de stakeholders e comunidade foi levado a cabo, tendo como objetivo a sua transformação social”, pode ainda ler-se na nota.

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