Maia tem em curso uma complexa obra de reabilitação da ponte do Brás Oleiro em horário noturno

Foto_CM Maia

Os trabalhos de reabilitação, reforço e alargamento da Passagem Superior à linha de Caminho de Ferro, na Rua D. Afonso Henriques, em Águas Santas, conhecida como Ponte do Brás Oleiro, estão a decorrer fora dos períodos normais, entre as 3h00 e as 8h00. A Câmara da Maia explcia em nota de imprensa que não está a ser possível “desenvolver a maior parte dos trabalhos no período diurno e em estaleiro.”

A autarquia esclarece: “a linha férrea obriga a que os trabalhos só possam decorrer durante a noite, o que garante a segurança das populações e diminui os incómodos para quem utiliza aquela passagem aérea ao longo do dia. É fundamental compreender que devido à necessidade de compatibilizar o andamento dos trabalhos com o normal funcionamento da linha férrea e para salvaguarda da catenária eletrificada, esses trabalhos só podem ser executados, em horários específicos, nos períodos de condicionamento e interdição da via férrea.”

As obras no local arrancaram há cerca de dois meses e estão a decorrer de acordo com o planeado.

A obra avança “com segurança” entre as 03h00 da madrugada e as 08h00 da manhã, “ao ritmo possível”.

A Câmara Municipal da Maia refere que “compreende que para quem passa diariamente no local, não vendo ninguém a trabalhar, em horário diurno, possa pensar que a obra está parada. Mas a verdade, é que a empreitada nunca esteve parada, a não ser por condições climatéricas adversas e severas, como se tem constatado ultimamente. Importa, ainda, referir que há trabalhos executados in Loco, que vão acontecer aos domingos. Importa também sublinhar que muitos elementos estruturais são pré-fabricados em estaleiros próprios, mas fora da obra, precisamente, por razões de segurança relacionadas com a eletrificação de elevada tensão da catenária.”

Os trabalhos de requalificação da estrutura são complexos e a Câmara explica ainda que há várias infraestruturas urbanas a condicionarem as obras na ponte, que “vai ser demolida e montada em duas partes”, por forma a manter em serviço todas as infraestruturas de telecomunicações e de abastecimento de água a cerca de 70 mil habitantes: “foi por não ser possível, de todo, reabilitar a estrutura, pelo que está a ser construída uma totalmente nova em estaleiros próprios, fora do local da obra, sendo posteriormente montada no local.”

Por último, sublinha a edilidade “é muito importante que as pessoas tenham plena consciência que a ponte está de tal forma deteriorada, pelo que não podia ser executada mantendo a circulação viária, por estar em perigo a segurança de pessoas, bens e a circulação dos comboios na linha férrea”.

 

A construtora Mota Engil assume esta obra e é explicado em nota de imprensa enviada à nossa redação todo o processo técnico em curso e a decorrer em breve:

«Todo o aço necessário para o tabuleiro já foi executado em estaleiro e a aguardar o momento para colocação na obra.
Brevemente, no período noturno, vai ser montado o cimbre, (cofragem que serve de molde para a construção da laje da nova ponte, no sentido de armar o aço dos maciços de encabeçamento, bem como da betonagem dos elementos constituintes da nova estrutura.
Depois da execução dos maciços de encabeçamento, no período noturno, vai ser demolido meio tabuleiro (Lado Nascente), sendo, possível colocar as vigas pré-fabricadas para execução de metade do tabuleiro, a que se segue a colocação da armadura de aço e a betonagem do tabuleiro.
Logo depois desta fase, vai proceder-se ao desvio de todas as infraestruturas urbanas existentes. Só a Meo Altice fez saber que necessita de, pelo menos, 15 dias para concluir a operação.
Todo o processo volta a repetir-se, exceto os relativos a infraestruturas urbanas, na outra meia faixa do tabuleiro (Lado Poente).»

A Câmara Municipal da Maia conclui a nota assegurando que está a acompanhar de perto todo estes processo técnico, “concedendo toda a atenção às questões de segurança e à mitigação dos inconvenientes que os trabalhos, inevitavelmente, sempre acabam por acarretar para quem vive e circula naquela área. E apela à melhor compreensão cívica de todos, para o facto de ser necessária alguma paciência, tendo em vista os benefícios futuros de uma ponte com muito mais segurança e comodidade para quem necessita de a utilizar.”

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