Maia CUIDA+ é o novo programa que apoia Cuidadores Informais e toda a família

Foto A Santos

A Câmara da Maia apresentou esta segunda-feira, o novo projeto Maia CUIDA+ orientado para apoio a cuidadores informais, encarando de forma global todo o agregado familiar com uma equipa multidisciplinar. O programa está já a ser implementado no terreno numa fase piloto e já chegou a 94 famílias.

O Maia CUIDA+ deverá arrancar “na plenitude” em 2025 para dar resposta às “reais necessidades” das famílias integradas e “cuidar de quem cuida” através de acompanhamento contínuo.

O projeto da Câmara da Maia começou a “ser desenhado” em 2022 com o objetivo de proporcionar um conjunto de serviços de apoio a pessoas cuidadas e a cuidadores informais de forma a garantir a “promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida” de doentes e cuidadores.

Na fase da conceção, o programa envolveu mais de 40 visitas a instituições e a sinalização e visitas de 136 famílias e atingiu desde abril do ano passado 94 famílias, estando atualmente integradas 71, sendo que está previsto abranger mais de 140 agregados familiares até ao final de 2025.

“É um verdadeiro projeto de amor e de carinho que, mais do que assistência, oferece presença, afeto e apoio profissional nos momentos de maior fragilidade humana”, explicou uma das responsáveis pelo projeto, Mafalda Roriz.

Segundo aquela responsável, “quando uma pessoa não consegue cuidar de si mesma, há alguém que assume o papel de cuidador” e foi para estas pessoas que o Maia CUIDA+ foi construído”.

O Maia CUIDA+ beneficia de um investimento aprovado de cerca de um milhão de euros, pelo PRR, apresentando como fatores distintivos: “os cuidadores informais beneficiam do apoio de uma equipa de profissionais qualificados, incluindo enfermeiros, auxiliares de ação direta, psicólogos e terapeutas ocupacionais” e de uma “bolsa de substituição temporária que permite ao cuidador informal usufruir até 4 horas de descanso por semana”.

E ainda: a formação e capacitação dos Cuidadores Informais, para conhecerem melhor os seus direitos e as necessidades das pessoas cuidadas, e uma estreita ligação com as estruturas de Saúde e Segurança Social, que possibilite uma melhor identificação das necessidades e subsequente definição de respostas e cuidados a prestar.

A autarquia prevê que o Maia CUIDA+ tenha impacto no atraso da institucionalização e evite idas e internamentos recorrentes em serviços hospitalares.

O programa está desenhado para durar até finais de 2025 e o presidente da Câmara da Maia já avisou que para continuar depois daquela data só com o apoio do Estado.

“Este projeto está enquadrado num projeto mais vasto das comunidades desfavorecidas do PRR (…) mas o objetivo é que continue para além do PRR. Eu direi, alto e bom som, que o Governo do país, que é quem tem a responsabilidade primeira com estas pessoas, deve avaliar este projeto e apoiá-lo para além do PRR”, defendeu Silva Tiago, em declarações à Lusa.

O Maia CUIDA+ conta com o envolvimento da Unidade Local de Saúde São João, das Juntas de Freguesia do concelho da Maia, da Associação Nacional dos Cuidadores Informais, da Associação de Solidariedade Social Mouta Azenha – Nova (ASMAN) e do Lions Clube da Maia e com a prestação de serviços do Instituto Padre António Vieira (formação e capacitação de Cuidadores Informais e voluntários) e da Escola Superior de Saúde Santa Maria do Porto.

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