Hospitais com dificuldade em completar escalas por terem pessoal infetado

Os administradores hospitalares alertaram hoje que os hospitais estão com dificuldade em completar as escalas por terem muitos profissionais infetados com o novo coronavírus e que a pressão continua elevada na procura das urgências.

Segundo a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a pressão nas urgências “reduziu ligeiramente, mas continua a ser elevada”, por falta de resposta nos cuidados de saúde primários e na linha Saúde24. Xavier Barreto, da APAH disse à Lusa que: “Esta tem sido a principal dificuldades, mais do que a gestão dos doentes em internamento”.

O responsável sublinhou ainda a grande dificuldade que os hospitais têm tido em completar as escalas, não só porque muitos profissionais com filhos tiveram de ficar com eles com o prolongamento das férias escolares, mas também porque muitos outros estão infetados e a cumprir o isolamento.

Xavier Barreto admite que o período de isolamento para quem não tem sintomas e tem a vacinação completa, incluindo a dose de reforço, poderia ter sido diferenciado aquando da revisão feita pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que reduziu para sete os dias o período de isolamento dos positivos assintomáticos e acabou com o isolamento para os coabitantes de caso positivo que tenham vacinação completa com dose de reforço. “Em França, por exemplo, admite-se que os médicos continuem a trabalhar se testarem positivo, desde que tenham a dose de reforço”, exemplificou.

Xavier Barreto contou que no hospital onde trabalha – no Centro Hospitalar e Universitário de São João – há situações de profissionais assintomáticos que acabam por descobrir, em testes de rotina, que estão positivos, mas também há profissionais vacinados e com a dose de reforço e que têm sintomas”.

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