Finalmente a Junta de Freguesia e Mesa da Assembleia de Freguesia de Águas Santas ficaram instaladas, na sessão do dia 10. Foi a terceira reunião, que se tornou decisiva, após acordo com o PSD/CDS – Maia em Primeiro. Antes de colocar ponto final no impasse, Miguel dos Santos apontou como “principal causador” desta situação o presidente da Câmara e do PSD da Maia.
Nesta sessão, a coligação Maia em Primeiro (PSD/CDS) aceitou a proposta apresentada pelo Partido Socialista para o executivo, a mesma que já tinha sido colocada em cima da mesa na reunião anterior, mas que não reunira consenso até então. Isto é, o executivo liderado pelo socialista Miguel dos Santos ficar constituído por mais três eleitos pelo PS e outros três do PSD/CDS.
A proposta foi aprovada com 16 votos a favor, 2 contra e 1 nulo. Além do presidente da Junta Miguel dos Santos, o executivo é constituído por: Sandra Barbosa, Paula Carvalho, Artur Ribeiro (PS) e Manuel Carvalho e Manuel Melo (PSD/CDS).
No que diz respeito à eleição da Mesa de Assembleia, foi apresentada apenas uma proposta da Coligação Maia em Primeiro, propondo Ivo Ribeiro como presidente, que foi aprovada com 10 votos a favor, 6 em branco e 3 contra.
Com esta configuração, o Chega fica completamente fora da equação, não integrando qualquer posição no executivo nem na Mesa da Assembleia.
A aprovação coloca um ponto final no prolongado período de indecisão que vinha a afetar Águas Santas desde as eleições autárquicas de 12 de outubro. A ausência de entendimento entre as forças políticas tinha deixado a freguesia sem executivo, em gestão corrente, levando Miguel dos Santos a agradecer “a todos quantos possibilitaram esta votação fazendo com que o executivo finalmente tenha sido eleito. Depois de dois meses complicados em que esta Junta de Freguesia esteve em gestão corrente, não podendo comprometer-se com novas adjudicações, novas compras, novos serviços. Isso fez com que os apoios sociais às famílias e coletividades tenham estado parados. Isto significa que este ano a Junta não foi a tempo de adjudicar um serviço de Natal, que tem sido habitual comigo a presidente de Junta, e que os alunos das escolas não tenham tido um “docinho” de Natal como tem acontecido noutros anos”.
Tendo registado a forma como a coligação Maia em Primeiro “percebeu finalmente o resultado deste impasse”, estando convencido que haverá “um equilíbrio de posições no futuro, Miguel dos Santos, não deixou de apontar “como o causador desta polémica e impasse o presidente da Câmara da Maia”.
O presidente da Águas Santas lembrou que, “no dia das eleições, Silva Tiago disse publicamente que “o Chega com o PSD podia governar Águas Santas. Foi isso que aconteceu durante dois meses e estou muito desanimado com o presidente da Câmara e do PSD. Felizmente, a Freguesia tem dois eleitos da coligação que perceberam que havia uma possibilidade de fazer um bom trabalho em conjunto por Águas Santas”, rematou Miguel dos Santos.
