Donos de lar da Maia acusados de desviarem quase 200 mil euros a idosos

Segurança Social encerrou 97 lares
Foto de Arquivo (A. Santos)

O Ministério Público do Porto acusou um casal que explora um lar na Maia (e a respetiva empresa) de se ter apoderado dos bens e dinheiro de um casal de idosos, com idade superior a 90 anos, que para lá foi viver em 2017. Até 2022, o Ministério Público soma um prejuízo acima dos 194 mil euros, acusando os donos do lar pelos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.

O Ministério Público divulgou esta quarta-feira, que os idosos foram para aquele lar da Maia em julho de 2017, tendo acordado com os donos do estabelecimento o pagamento de um valor mensal de mil euros e uma joia de entrada de 70 mil euros, para um internamento vitalício e que até morrerem, um em 2022 e outro em 2023, as vítimas pagaram sempre em dinheiro.

“Os ofendidos não tinham descendência e apresentavam uma condição física e psíquica bastante debilitada, condição que se foi agravando ao longo do internamento; em janeiro de 2018, no âmbito do plano criminoso dos arguidos, os ofendidos subscreveram uma declaração impedindo visitas de outros familiares”, refere o Ministério Público.

O MP considera que os idosos terão ficado entre 2017 e 2020 à mercê dos arguidos, que terão elaborado um conjunto de esquemas para desviarem uma quantia superior e que deverá ascender a perto de 200 mil euros em bens e dinheiro.

O Ministério Público solicita ainda a condenação dos arguidos nas penas acessórias de proibição de gestão de estabelecimentos de apoio social.

Partilhar:
Subscreva a nossa Newsletter