Os deputados do PCP questionaram o governo sobre a evolução da situação na Efacec. No questionamento, os deputados pretendem conhecer melhor também o papel que o Estado está a assumir na gestão da empresa, da qual é detentor de mais de 70%.
No documento, dirigido ao Ministério da Economia, alerta-se para a situação da empresa e a forma como está a ser gerida.
Os parlamentares afirmam que «como é bem conhecido e público, condenámos (e condenamos vivamente, porque é claramente contra o interesse nacional), as circunstâncias atribuladas e profundamente dolorosas em que está a decorrer o processo de reprivatização», mais adiante referem que o governo está «a destruir uma das mais importantes empresas industriais nacionais, agravando, na perspetiva económica, as consequências já em si más, do processo de reprivatização».
O Partido Comunista marca a sua posição no que se refere à decisão de reprivatização de 71,3% da EFACEC: «a privatização, nas condições da atualidade, encerra um potencial perigo para a economia e o interesse nacional, pois que o putativo vencedor do concurso de privatização, pode muito bem entender a EFACEC como uma espécie de espólio, do qual retirará as partes que lhe interessem».
No documento, o PCP declara que «não há qualquer dicotomia entre gestão pública e gestão privada. Há é exclusivamente boas ou más gestões, independentemente da natureza do capital», argumentando que se «os gestores designados forem competentes e sérios, tendo como objetivo último servir o interesse nacional, e os meios necessários, nomeadamente os financeiros, forem oportunamente disponibilizados, a empresa será seguramente bem gerida». O exemplo apontado é o da CP.
Os deputados do PCP vão mais longe e denunciam o que consideram o continuado esvaziamento do ativo mais precioso da empresa, que é «a sua força de trabalho», constituída por um «quadro de pessoal altamente qualificado e especializado».
No documento dirigido ao Ministério da Economia, os deputados da bancada do PCP fazem 7 perguntas: