Cerca de vinte trabalhadores do Instituto Politécnico do Porto, que ainda não tem algumas cantinas e bares a funcionar, estão sem salário desde abril.
O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento da ação de luta dos trabalhadores do IPP realizada no Campus 2, em Vila do Conde, onde foi distribuído um documento dando conta da situação. Segundo um comunicado do partido, “estão sem receber os salários de abril, maio e junho de 2021 e só estão a receber subsídio de desemprego por força da luta que desenvolveram ao longo dos últimos meses.
O PCP questionou o Governo sobre que “medidas urgentes” vai tomar para garantir os postos de trabalho e o pagamento dos vencimentos em falta.
Os comunistas referem que, “de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte,” o IPP “recusa tomar conta dos trabalhadores e [a] reabrir as cantinas e bares” de várias das suas instituições.
Segundo o PCP, “esta situação tem deixado os alunos, funcionários e professores sem refeições desde abril deste ano” e, segundo o que foi denunciado pelo sindicato, “durante todo este tempo, o IPP abandonou à sua sorte os trabalhadores e nunca se preocupou verdadeiramente pela situação”.
A StatusVouga [concessionária das refeições] reverteu a exploração em 31 de março e terá transferido para o IPP os 19 trabalhadores. No entanto, “o IPP não assumiu os trabalhadores ao arrepio do previsto no artigo 285.º do Código do Trabalho e, mais ainda, nenhuma das entidades notificadas terá tomado as diligências para garantir a proteção social dos trabalhadores, tendo sido a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] a assumir a passagem do modelo”, conta o grupo parlamentar comunista.