O Centro Social e Paroquial de Mindelo, realizou o fórum “InPORTA pensar o futuro – Por um envelhecimento + ativo + saudável + feliz”, no Auditório Municipal de Vila do Conde.
A equipa técnica do projeto, no modelo storytelling, apresentou o desafio que a sociedade tem perante o envelhecimento e contou o que tem realizado ao longo dos quase três anos de intervenção em três freguesias de Vila do Conde (Árvore, Mindelo e Vila Chã).
A Missão do projeto consiste em “Contribuir para o envelhecimento ativo, saudável e feliz, alicerçado no voluntariado e na fraternidade, combatendo o isolamento e a solidão, tendo por ambição o bem-estar e o gosto de viver dos seniores no seio das suas famílias e comunidades” e tem como expectativa gerar impactos nas pessoas mais velhas e nas organizações que, com elas, direta e indiretamente, se correlacionem. Pretende a melhoria da saúde física e psicológica dos idosos, do seu bem-estar social e do gosto de viver, diminuir custos do Serviço Nacional de Saúde, diminuir o stress e do absentismo, nas empresas, dos seus familiares cuidadores habituais, aumentar a produtividade, dos familiares cuidadores, nas organizações e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e das famílias.
O modelo de intervenção do projeto desenvolve-se de e para os mais velhos, onde os embaixadores (voluntários) em visitas semanais a casa dos utentes, entregam companhia, desenvolvendo um conjunto de atividades (Atelier de Alfaiate) em diversas áreas, desde a estimulação cognitiva, aos “passeios na praça” até às atividades culturais e de lazer.
Atualmente o Porta 55+ tem como beneficiários 91 Utentes e 28 Voluntários. A idade média dos utentes ultrapassa os 82 anos e a dos voluntários é de 67 anos.
Apresentados os resultados preliminares do estudo do impacto, elaborado por uma entidade universitária, comprovaram-se melhorias nos resultados na escala de depressão e de isolamento social. Foi salientado o trabalho dos voluntários que, após capacitação, em interação com a equipa técnica, desenvolvem um trabalho” magnifico e impagável” junto dessas pessoas, afirmam que o seu grau de felicidade é agora muito maior, do mesmo modo que os cuidadores diretos sentem melhorias no seu bem-estar físico e psicológico, impactando positivamente, no desenvolvimento do seu trabalho nas organizações onde trabalham.
Apresentados os resultados, seguiu-se uma mesa redonda, com Alexandra Lopes, professora e investigadora na área do envelhecimento e consultora da Comissão Europeia para estes assuntos, Joana Moreira, empreendedora social, Ashoka Fellow, do Movimento Reformers e Helena Loureiro, representante na Região Norte da Portugal Inovação Social.
A preocupação maior para o Centro Social, para a equipa do projeto e para os voluntários é saber se todas estas pessoas que estão a ser “tiradas” da solidão e do isolamento e “devolvidas à vida”, não vão poder continuar o projeto por falta de financiamento.
O Centro Social lamenta que “para a Segurança Social falar-lhe em projetos inovadores não faz parte do seu léxico, para a Portugal Inovação Social o Portugal 20/30 não é uma hipótese, por agora, e da Câmara Municipal, algumas promessas de ajuda, “InPORTA” saber o que vai acontecer. 30 de junho, data do fim do projeto, é já ao virar da esquina”.