O concerto em Honra de Santa Cecília que teve lugar no sábado (22), à noite, no grande auditório do Fórum da Maia, cumprindo uma tradição com décadas, constituiu “um passo em frente no rasgar de horizontes da criação musical para conjuntos filarmónicos”, conforme é avançado em nota informativa.
O concerto contou com a participação de diversos docentes do Conservatório de Música da Maia e músicos oriundos das quatro bandas filarmónicas que cooperaram no projeto pedagógico e artístico, nomeadamente a BMSMC – Banda Musical de São Martinho de Campo, a BMG – Banda Marcial de Gueifães, a SFC – Sociedade Filarmónica de Crestuma e a BMMM – Banda de Música de Moreira da Maia.
O programa que preencheu o concerto dedicado à Padroeira dos Músicos, teve como alinhamento temático: Banda e Eletroacústica, incluindo as seguintes obras: Spectrum — Herbert Bielawa; Memórias — Jorge Campos; Interlúdio — Jorge Campos; Leanor — Jorge Campos; The Machine Awakes — Steven Bryant; Tight Squeeze — Alex Shapiro.
Pela primeira vez na Maia, aconteceu um concerto pioneiro, quer pelo facto de ter reunido em duas palestras realizadas na Quinta dos Cónegos pelo compositor Jorge Campos, nas quais os filarmónicos inscritos debateram com o compositor novos caminhos programáticos para os repertórios das bandas filarmónicas, como pela sua junção em palco para interpretar obras inovadoras que combinam elementos composicionais eletrónicos e eletroacústicos com uma instrumentação musical convencional.
“Foi na verdade, um concerto que esteve muito para além da ambiência tradicionalmente oferecida pela Música Filarmónica, proporcionando o conhecimento e fruição de novos territórios e, sobretudo, novos horizontes para o género”, refere ainda a nota informativa.
Jorge Campos, dirigiu o concerto, facto que tornou esse momento musical ainda mais marcante, posto que não é muito comum assistir a interpretações dirigidas pelos próprios compositores.
