Iniciou-se esta quarta-feira, dia 24, no Tribunal da Maia, o julgamento que opõe o Ministério Público (MP) ao presidente e recandidato à Câmara da Maia, Silva Tiago, e ainda a Ana Miguel Vieira de Carvalho e Inácio Fialho de Almeida, como representantes da empresa municipal “Espaço Municipal da Maia”, pela prática dos crimes de participação económica em negócio lesando a autarquia em 200 mil euros.
A acusação defende que os arguidos, enquanto representantes da Espaço Municipal (E.M), celebraram um contrato de cedência gratuita do auditório e edifício de alojamento situados no Parque do Avioso com uma empresa privada, o Lions Club da Maia, de que resultou num prejuízo, pelos cálculos do MP, de mais de 200 mil euros para a autarquia pelo facto de não cobrar rendas.
A Câmara da Maia esclareceu em janeiro, altura em que foi deduzida a acusação, que o MP considerou que o referido contrato foi celebrado com uma empresa privada, “quando na verdade o contrato foi celebrado com o Lions Club de Portugal”. Ora, frisou a autarquia, o Lions Club “constitui uma entidade sem fins lucrativos e que promove ações de natureza filantrópica e de solidariedade social, promovendo inclusive ações gratuitas de rastreio médico de caráter preventivo e profilático”.
Os arguidos são representados pelo advogado Marinho Falcão.