O esquema começou a ser colocado em prática em meados de 2015. Um comerciante e um cozinheiro decidiram alugar uma discoteca em Rio Mau, Vila do Conde, que transformaram num espaço dedicado à prática de prostituição. Até julho de 2019, foram contratadas 75 mulheres, que tinham entre 19 e 55 anos. Por cada ato sexual eram cobrados entre 30 a 100 euros, sendo que ficavam registados no cartão de consumo, mas como se fossem bebidas: ‘Cocktail’, ‘espumante’ e ‘champanhe’.
O crime terá rendido ao comerciante quase 600 mil euros que a acusação pede que seja declarado perdido a favor do Estado.
Estão acusadas seis pessoas, quatro homens e duas mulheres, e uma empresa.
O julgamento começa em outubro, no Tribunal de Matosinhos. Estão em causa crimes de lenocínio agravado, auxílio à imigração ilegal, angariação de mão de obra ilegal e branqueamento de capitais.
A acusação explica que os arguidos escolhiam mulheres sobretudo da América do Sul, sendo que muitas delas vinham ilegalmente para Portugal.
Os suspeitos encontram-se em liberdade.
O comerciante apontado como cabecilha do negócio, vive em Braga e tinha em casa mais de 570 mil euros.