“Truques contabilísticos” e “prática política errada” foi o que a auditoria externa pedida pelo atual presidente socialista Vítor Costa encontrou na gestão da anterior presidente, a independente Elisa Ferraz, entre 2018 e 2021.
O presidente da Câmara de Vila do Conde disse hoje que, há dois anos, no início do seu mandato, quando pediu a auditoria, o fez por “responsabilidade e transparência”, já que os serviços de administração financeira da autarquia lhe fizeram “um relato diferente do que era apregoado” pelo anterior executivo e pretendia esclarecer se houve “um empolamento orçamental para esconder a realidade”. A auditoria concluiu agora que havia “um buraco orçamental de 12 ME, já que este valor não tinha existência real”.
Vítor Costa insistiu que esta auditoria não foi feita contra ninguém, e que “nunca ninguém concluiu que as pessoas que cá estavam não fossem pessoas sérias”.
Sobre se esta “má prática” de “truque orçamental” já existira na Câmara de Vila do Conde, antes de Elisa Ferraz, no executivo do socialista Mário de Almeida, quando Vítor Costa era vereador, o atual presidente disse que sim, “mas não desta envergadura”.
Vítor Costa disse ainda não ficar satisfeito com este resultado, “porque acho que todos perdemos” e lembrou que ao apregoar que não se endividada, o anterior executivo deixou os investimentos por fazer, obrigando esta Câmara a contrair empréstimos para pagar obras que a gestão de Elisa Ferraz aprovou, lançou e contratualizou.
O resultado da auditoria às contas, embora já anunciado aos jornalistas, vai ser ainda apreciado na próxima reunião de Câmara.