A maiata Márcia Passos aceitou voltar a integrar as listas do PSD às eleições Legislativas de 30 de janeiro, com a vontade de dar seguimento ao trabalho que já vinha efetuando na Assembleia da República, nomeadamente na bancada do PSD. Márcia Passos é candidata em 7º lugar na lista pelo círculo do Porto. Nesta entrevista ao Primeira Mão, Márcia Passos volta a mostrar vontade de trabalhar na Assembleia da República com empenho e rigor, bem como abertura aos contributos de todos os eleitores.
Notícias Primeira Mão: Porque aceitou voltar a integrar as listas do PSD ao lado de Rui Rio?
Márcia Passos: Porque acho que ainda tenho muito para dar ao país nesta missão que abracei em 2019 juntamente com o Dr. Rui Rio, pessoa que tenho vindo a conhecer cada vez melhor e a quem reconheço caraterísticas com as quais me identifico, como por exemplo, capacidade de trabalho, responsabilidade e visão de futuro.
Rui Rio não se deixa pressionar por nada nem por ninguém, muito menos por ‘lobbies’ e coloca Portugal sempre em primeiro lugar e eu entendo que esta é a forma correta de estar na política. Se não for para fazer o melhor pelo nosso país e pelos portugueses, então não vale a pena.
Não tendo sido fácil, dadas as condições pandémicas vividas e porque não é fácil ser e estar na Oposição, numa legislatura que foi tão curta, conseguimos desenvolver e contribuir para implementar medidas que melhoraram a vida dos portugueses. Mas queremos fazer muito mais e acredito que seremos capazes, principalmente se o PSD for Governo, como espero e acredito que possa acontecer.
Neste mandato em que esteve na AR, foram vários os dossiês em que esteve envolvida. Quais destaca e porquê?
De facto, foram muitos os dossiês e os assuntos em que tive a oportunidade de participar. Destaco vários nos quais trabalhei mais diretamente, como os projetos de lei relativos às carreiras dos Enfermeiros e dos Técnicos Auxiliares de Saúde, sendo que este último, como muitos outros, não chegou a ser concluído, dada a dissolução da Assembleia da República. A par destes, saliento também e pelos mesmos motivos – a constatação de que estes profissionais têm sido completamente esquecidos pelos anteriores Governos – os temas relativos aos profissionais do IRN (Instituto de Registos de Notariado).
Participei em várias audiências e audições, onde tive ocasião de ouvir todos estes profissionais e confrontar os respetivos Ministros e Secretários de Estado acerca das matérias que tanto preocupam estas classes.
Além disso, destaco também três outros importantes dossiês, todos da iniciativa do PSD: o da redução das portagens para 50% em várias estradas do país, entre elas a A41 que atravessa o concelho da Maia, o dos apoios a fundo perdido aos arrendatários não habitacionais e o das alterações à propriedade horizontal. Todos eles aprovados e todos eles com impactos diretos na vida dos portugueses, razão pela qual a motivação para neles trabalhar foi enorme.
De uma forma não tão visível, não posso deixar de salientar também o trabalho que desenvolvi enquanto membro da Comissão da Transparência e Estatuto dos Deputados, não só pelas situações de incompatibilidades que analisei, mas também por ter assumido funções de Coordenadora do Grupo de Trabalho de Aplicação do Código de Conduta. A sensibilidade dos temas e as exigências ao nível do rigor e da responsabilidade marcaram também esta minha experiência, enquanto Deputada.