André Pedro Almeida tem 30 anos, nasceu em Vermoim (Maia), e é empresário no concelho. Candidata-se pelo Chega à Câmara da Maia e esta é a sua primeira experiência na política.
Até há bem pouco tempo, André Almeida não se identificava com qualquer partido e resolveu agora entrar neste desafio político, porque se identifica com o líder do CHEGA.
A nível local, André Almeida afirma que não vê ninguém preocupado com a “qualidade de vida das pessoas e apenas em perpetuar os seus lugares”. Assim, afirma-se livre de quaisquer interesses pessoais, até porque é empresário, e sublinha, “tenho o meu próprio salário e não dependo da política para isso”.
CHEGA é “ostracizado”
A criação de listas teve alguns empates devido ao CHEGA ser “ostracizado” por muita gente e a campanha está a ser alvo de ações de vandalismo. O antagonismo fez-se sentir com algumas pessoas convidadas a encabeçar listas que, foram ameaçadas pela entidade patronal de que perderiam o emprego e como tal desistiram, revela André Almeida.
Por outro lado, as telas em outdoors têm sido amiúde destruídas em vários pontos do concelho, o que acarreta prejuízo avultado (por volta de 2 mil euros até 19 de julho de 2021), suportados por cerca de “20 famílias”, uma vez que o partido a nível nacional não tem fundos suficientes para financiar eleições autárquicas.
André Almeida defende referendos anuais no concelho da Maia
André Almeida afirma que o CHEGA tem “um sentido de justiça social elevado, ao contrário do que muita gente diz”. Assim, avança com algumas ideias da sua candidatura.
O candidato à Câmara da Maia quer implementar “referendos anuais à população para perceber se as decisões tomadas são o que a população pretende”.
Defende a “abolição do IMI”, mas como esta decisão não depende da autarquia, a proposta do CHEGA é a “redução à taxa mínima”. Outra ideia é a criação de um gabinete de transparência municipal, semelhante ao que existe no portal da Câmara da Maia, mas que, segundo André Almeida, “não está a funcionar em pleno”. Assim, pretende que seja criado uma espécie de “portal das empresas da Maia” onde serão colocadas as necessidades da autarquia para que as “empresas maiatas possam carregar orçamentos, para que o executivo, a seguir delibere, perante estas propostas”.
Pretende-se reduzir os “ajustes diretos menos transparentes” e fomentar “uma micro economia na Maia, que vai crescer”, esclarece André Almeida.
O candidato do CHEGA quer também estudar melhor um projeto de taxa de resíduos sólidos, concordando com o princípio do utilizador/pagador para todo o concelho e colocando fim à indexação à fatura do consumo da água. O atual projeto da Câmara a funcionar em piloto poderá não resultar na prática de forma justa, acredita André Almeida.
Habitação Social tem “regulamento demasiado permissivo”
No que respeita à Habitação Social na Maia, André Almeida não concorda com o regulamento, que considera “demasiado permissivo” e que poderá originar que “algumas pessoas se aproveitem do sistema”. O candidato considera que “quem precisa deve ser auxiliado, mas não podemos ter pessoas a viver à custa do sistema sem precisarem e alguns a vida inteira…”
O processo de apoio às rendas é uma das ideias que Almeida pretende fomentar ainda mais na Maia.
O candidato pelo CHEGA defende também o incremento da Segurança, colocando ênfase na maior atuação da Polícia Municipal e colocação de “câmaras de videovigilância, como existe em Lisboa”. Isto, “agirá em dois sentidos, quer na dissuasão do crime quer na posterior criminalização”, refere.
Cultura e Juventude são outras áreas de atuação que quer privilegiar lembrando o MaiaAct, tipo de eventos que se propõe reavivar. Quer dinamizar de outra forma o Skate Park e promover encontros de videojogos, e outros eventos que possam promover ainda mais a Maia: “temos que conseguir chamar gente para a Maia”.
Para quem vive no concelho, é necessário planear bem “em termos de infraestruturas e mobilidade para que se possa planear o crescimento fora do grande centro e descentralizar a população residente”, por exemplo por Folgosa ou S. Pedro Fins.
A candidatura também apresenta propostas relacionadas com a causa animal, uma delas é “apoiar os cuidadores de animais de rua”.
Concluída a recolha de assinaturas, o CHEGA ultima os preparativos para apresentar as listas em Tribunal.
Como candidata à Assembleia Municipal vai ser apresentada Sofia Rios Batista, licenciada em Ciências da Educação, com 27 anos de idade.
Maria de Fátima Gonçalves será a candidata à Junta de Freguesia Cidade da Maia, pré-reformada da PSP, com 61 anos. Sabina Sousa Valente, 39 anos, engenheira civil, será candidata a Águas Santas. No Castelo da Maia vai candidatar-se Hélder Pereira, operador de máquinas, de 53 anos.
Anabela Moreira da Silva, empresária de 40 anos, vai candidatar-se a Moreira. António Ferreira de 71 anos e consultor comercial é o candidato a Nogueira e Silva Escura.
Em Pedrouços será candidato Hélder Amaro, operador de Lavandaria. Já em VN Telha, candidata-se Ana Raquel Santos, de 34 anos, operária fabril.
Para Folgosa concorre Carlos Pinto, de 29 anos, rececionista; José Teixeira, empresário de 55 anos é candidato em S. Pedro Fins, enquanto Nelson Cruz, osteopata de 38 anos candidata-se a Milheirós.
André Almeida defende uma “Maia mais justa, onde haja uma preocupação com os munícipes – que não seja apenas nos últimos seis meses do mandato -; uma Maia que consulte os seus munícipes, que queira saber a sua opinião para avançar; uma Maia mais correta sem ajustes diretos sombrios, sem campanhas judiciais para tentar chegar ao poder político, mas também sem políticos que utilizem obras aprovadas para fazer apresentações de recandidaturas”.
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