Quase dois meses após as eleições autárquicas, a freguesia de Águas Santas continua sem executivo em funções, situação que está a bloquear o normal funcionamento da Junta de Freguesia. A ausência de entendimento entre os eleitos do PS, PSD/CDS e Chega tem impedido a constituição do órgão executivo, contrariando, segundo a CDU, a vontade expressa pela população nas urnas.
Em comunicado, a CDU manifesta “profunda preocupação” com o impasse político, alertando para as consequências imediatas que a freguesia poderá enfrentar caso a situação se mantenha. Com a aproximação do novo ano, Águas Santas arrisca iniciar 2026 sem Plano de Atividades e sem Orçamento, o que poderá comprometer a execução de apoios essenciais.
Entre os compromissos em risco, a CDU destaca a entrega dos “cabazes de Natal às famílias mais carenciadas, bem como os apoios financeiros ao movimento associativo, fundamentais para a sustentabilidade de várias organizações locais.”
A força política acusa os eleitos de PS, PSD/CDS e Chega de estarem “mais focados em jogos de poder, cargos e interesses próprios” do que nas necessidades da população, classificando a situação como “insustentável” e reveladora de “falta de responsabilidade” perante os aquissantenses.
A CDU apela a que a instabilidade seja ultrapassada com urgência, de forma a garantir o funcionamento pleno dos serviços da Junta de Freguesia e a salvaguarda dos apoios sociais e comunitários da freguesia.
O PS ganhou as eleições na Freguesia, embora sem maioria absoluta, sendo Miguel dos Santos o presidente da Junta eleito. A Assembleia de Freguesia tem 9 eleitos do PS, 8 do PSD/CDS e 2 do Chega. Após as primeiras reuniões da Assembleia para constituir a equipa do executivo da Junta, ainda não se saiu do impasse.