Jaime Faria, Frederico Silva e Francisco Rocha deixaram Henrique Rocha como o único representante português no quadro principal de singulares do Maia Open, enquanto no quadro de pares o único jogador “da casa” a avançar foi Tiago Pereira.
A oitava edição deste ATP Challenger 100 organizado pela Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia acontece até ao próximo domingo, 30, no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
De volta ao circuito quase quatro semanas após o último encontro, já com o período de férias entre épocas concluído, Jaime Faria (152.º ATP) foi surpreendido na estreia ao perder por 7-5 e 6-3 com Filip Cristian Jianu (286.°).
O número dois nacional defendia o estatuto de segundo pré-designado no derradeiro torneio da temporada, mas cometeu erros em demasia e permitiu que o romeno fosse mais assertivo no embate que encerrou a programação da primeira ronda.
“Senti-me um bocado a leste. Tive momentos bons e momentos muito maus, sobretudo fui muito inconsistente. Não consegui ter uma linha de jogo. Ele teve mérito na maneira como se ia defendendo e eu tentei ser agressivo, mas senti-me sempre fora do nível que queria”, admitiu no final.
O encontro desta quarta-feira colocou um ponto final na temporada de Jaime Faria, que em fevereiro se tornou no oitavo português da história a chegar ao top 100 ATP.
Na despedida, o lisboeta de 22 anos considerou ter sido “um ano agridoce” composto por “momentos muito especiais como jogador e como pessoa [porque] era um sonho chegar aos torneios ATP e aos quadros principais dos torneios do Grand Slam.”
Horas antes, Francisco Rocha (767.º) também concluiu a temporada de 2025 com uma derrota na primeira ronda do torneio que joga “em casa”, na Escola de Ténis da Maia onde foi formado. O portuense perdeu por 6-4 e 6-4 com o qualifier espanhol Andres Santamarta Roig (674.º), número três mundial de juniores e líder do ranking de sub 18 em junho.
A fechar o dia, já na segunda eliminatória, Frederico Silva (253.º) ficou perto da recuperação em mais uma batalha de três sets, mas o britânico Jan Choinski (128.º) acabou por confirmar as credenciais de primeiro cabeça de série ao vencer por 6-2, 4-6 e 7-5 depois de sair de várias situações de aperto na reta final.
“Foi mesmo nos detalhes. Ele entrou muito bem e no primeiro set não me deu hipótese nenhuma de procurar o meu jogo e tentar pegar nos pontos. Acho que tive bastante mérito em ter equilibrado o encontro depois do primeiro set, mas infelizmente acabou por escapar-me nos detalhes. Tive um 0-30 no serviço dele ao 4-4, outra oportunidade ao 5-5 e foi um daqueles encontros em que saí com a sensação de que podia ter caído para qualquer lado no final”, analisou o caldense de 30 anos na despedida à época de 2025.
Os resultados desta quarta-feira deixaram a representação individual a cabo de Henrique Rocha (155.º). O portuense, formado na Escola de Ténis da Maia, entrou com o pé direito na véspera e voltará à ação às 13h00 desta quinta-feira para enfrentar o lucky loser russo Alexey Vatutin (413.º).
Nos pares, Tiago Pereira avançou com Alexander Donski graças a uma vitória por 6-3 e 6-2 sobre o checo David Poljak e o espanhol David Vega Hernandez (ex-top 30 de pares).
O português e o búlgaro são bons amigos, já conquistaram quatro títulos em provas ITF e agendaram encontro nos quartos de final com Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski. Os polacos, respetivamente 103.º e 130.º classificados no ranking mundial de pares e segundos cabeças de série deste torneio, levaram a melhor sobre Tiago Cação e Tiago Torres por 6-4 e 6-3.
Logo no início da jornada, João Teixeira e Guilherme Valdoleiros deram boa réplica antes de cederem por 6-4 e 6-2 face aos espanhóis Mario Mansilla Diez e Bruno Pujol Navarro.
(Texto: Gabinete de Imprensa do Maia Open; Fotografia: Beatriz Ruivo/FPT)
