MP acusou empresário de Vila do Conde de fraude fiscal na ordem dos 1,6 ME

MP acusou empresário de Vila do Conde de fraude fiscal na ordem dos 1,6 ME
carro volante (Foto PM)

 

O Ministério Público (MP) acusou o dono de um stand automóvel de Vila do Conde, num processo de fraude fiscal que terá lesado o Estado em mais de 1,6 milhões de euros.

Segundo um comunicado, divulgado na página da Procuradoria-Geral Regional da República (PGRP), o arguido foi acusado pela prática do crime de fraude fiscal qualificada.

Em causa está a aquisição intracomunitária de carros usados e comercialização em território nacional com recurso a documentação falsa, entre 2012 e 2016.

O despacho, datado de 3 novembro, refere que o arguido, que desenvolvia a sua atividade empresarial em Vila do Conde, onde detinha um stand automóvel, dedicou-se à compra e venda de carros usados, provenientes do espaço intracomunitário, legalizando-os e vendendo-os em território nacional a diversos consumidores finais à margem de qualquer tributação.

Segundo a investigação, o arguido usou duas sociedades distintas, uma das quais titulada por um “testa de ferro”, através das quais procedeu à compra de carros no espaço europeu, beneficiando, indevidamente, do regime de isenção nas aquisições.

As viaturas eram depois legalizadas diretamente em nome de consumidores finais, com uso de documentação falsa, nela fazendo constar a liquidação de impostos na origem.

O MP refere ainda que o arguido comercializou, também, retomas de carros, em transações processadas diretamente entre vendedor e adquirente.

Os investigadores calculam que, com a atividade criminosa, o arguido tenha subtraído aos cofres do Estado a título de IVA e IRC criminalmente relevante pelo menos 1.608.766,20 euros, valor que o MP requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado.

 

 

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