Dezassete elementos da PSP e da GNR foram suspensos de funções e um militar da Guarda Nacional Republica foi expulso em 2024, segundo a Inspeção-Geral da Administração Interna, que abriu 23 processos disciplinares a polícias no ano passado.
Comparando os dados de 2024 com os números de 2023, o organismo que fiscaliza a atividade das polícias abriu no ano passado menos 22 processos disciplinares do que em 2023, mas as penas aplicadas aumentaram, tendo sido mais oito os polícias suspensos.
Segundo informação estatística trimestral referente aos processos disciplinares de 2024 da IGAI, nove polícias da PSP e oito militares da GNR foram suspensos no ano passado, tendo sido ainda expulso um militar da Guarda Nacional Republicada.
Numa resposta enviada à Lusa, aquele organismo liderado pelo juiz desembargador Pedro Figueiredo diz que os 23 processos disciplinares abertos em 2024 têm origem, na sua grande maioria, em situações de alegadas ofensas à integridade física de cidadãos por parte de elementos da GNR ou da PSP, existindo ainda situações de alegadas violações de deveres funcionais.
Segundo a IGAI, 12 dos processos disciplinares foram abertos a elementos da GNR e onze a elementos da PSP.
Quinze processos foram arquivados, cinco dos quais a militares da GNR, nove a polícias da PSP e um a um ex-inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Na informação estatística, a IGAI justifica estes arquivamentos com a amnistia de infrações por ocasião da Jornada Mundial da Juventude realizada em Lisboa em 2023.