Ex-vereadora Ana Miguel condenada por abuso de poder

Foto de Arquivo

Ana Vieira de Carvalho, antiga vereador da Câmara Municipal da Maia com os pelouros da Habitação, Recurso Humanos e e Desenvolvimento Social e Bem-Estar, foi recentemente condenada a dois anos de prisão, com a pena suspensa por igual período, por abuso de poder e falsificação de documentos.
A notícia é avançada pelo JN, que refere que o Tribunal de Matosinhos deu como provado que, em 2019, a autarca forçou a escolha da segunda classificada num concurso interno para o cargo de Chefe de Divisão de Desenvolvimento Social, obrigando o júri a elaborar uma nova ata.
Segundo a acusação, em 2018, quando Ana Miguel Vieira de Carvalho assumia os pelouros da habitação, desenvolvimento social e bem-estar e recursos humanos, “decidiu interferir” junto do júri responsável pela eleição da chefe da Divisão de Desenvolvimento Social.

“Atuando com o propósito de beneficiar uma candidata a um procedimento concursal para provimento do lugar de chefe da Divisão de Desenvolvimento Social, cargo que até então esta já ocupava em regime de substituição por nomeação da arguida, decidiu interferir junto do júri do procedimento com o propósito, conseguido, de ver alterada a graduação final dos candidatos e, consequentemente, que aquela candidata fosse graduada em primeiro lugar e nomeada para o cargo”, acusou o MP.
Nesse propósito, e após tomar conhecimento da ata do júri elaborada e da classificação atribuída às candidatas, a antiga vereadora “decidiu usar da sua influência e dos recursos materiais e humanos a que tinha acesso no exercício das suas funções para alterar o resultado do procedimento concursal em causa”, sublinhou o Ministério Público.

Ainda segundo o MP, Ana Miguel Vieira de Carvalho convenceu os membros do júri a alterar a classificação atribuída graduando, em primeiro lugar, a candidata que pretendia beneficiar em detrimento daquela que o júri havia classificado em primeiro lugar.

“Em consequência, os membros do júri assinaram nova ata a qual, apesar do voto vencido do presidente do júri, permitiu alterar a classificação das candidatas e a nomeação da candidata favorecida para o cargo”, frisou a acusação apresentada pelo MP.

 

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