Abertas 237 investigações e detidos 13 suspeitos por fogos de setembro

Abertas 237 investigações e detidos 13 suspeitos por fogos de setembro
Foto MD

 

Os incêndios que deflagraram no Norte e no Centro do país em setembro deste ano levaram à abertura de 237 investigações e à detenção de 13 suspeitos, indicou a Polícia Judiciária (PJ).

Os incêndios florestais que deflagraram em 15 de setembro e se prolongaram até dia 21 causaram nove mortos, entre os quais quatro bombeiros, e mais de 150 feridos.

Várias aldeias tiveram de ser evacuadas, em operações que mobilizaram cinco mil bombeiros, nos distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Vila Real e Viseu, onde dezenas de casas foram destruídas, culturas dizimadas e estabelecimentos comerciais consumidos pelas chamas.

Segundo o sistema europeu de observação terrestre Copernicus, entre 15 e 20 de setembro, arderam em Portugal continental cerca de 135 mil hectares, dos quais mais de 116 mil no Norte e no Centro, concentrando a maior parte da área ardida em território nacional.

De acordo com um portal da CCDR-N criado na sequência dos incêndios de setembro, até às 17 horas de sexta-feira, 920 agricultores declararam prejuízos totais de 3,6 milhões de euros em candidaturas aceites pela comissão, sendo que, como o limite de apoios é de seis mil euros, o valor considerado pela comissão regional vai apenas até 2,6 milhões de euros.

De acordo com o mesmo portal, no total terão sido afetados na região Norte 3203 agricultores inscritos em parcelário, com território correspondente a 8169 hectares parcelados.

O número de parcelas afetadas é de 1700, o número de declarações apresentadas desde 12 de setembro é de 815 e o número de construções agrícolas afetadas foi de 295.

Porém, no total, na região Norte arderam 69.830 hectares, dos quais 28.116 de matos, 17.049 de florestas de eucaliptos, 7211 de floresta de pinheiro bravo, 3940 de florestas de outros carvalhos e 3068 de florestas de outras folhosas.

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