Maia vai avançar com obra para travar inundações na envolvente da ribeira do Arquinho

Foto A Santos

A Câmara da Maia vai investir 600 mil euros para travar inundações nas imediações da ribeira do Arquinho, um problema com décadas e que é uma dor de cabeça para funcionários e clientes do Maia Jardim bem como para os moradores de uma rua nas imediações do centro comercial, que é habitual verem as habitações e estruturas inundadas quando há fortes chuvas. As estradas junto a este espaço comercial também costumam ficar submersas quando há temporais.

“Vamos gastar perto de 600 mil euros”, adiantou António Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, na cerimónia de assinatura do protocolo de colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para regularização da linha de água afluente à ribeira do Arquinho responsável pelas inundações de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.

O projeto, que visa minimizar os danos provocados pelas cheias, prevê a criação de uma bacia de retenção, cuja empreitada está orçada em cerca de 180 mil euros, valor integralmente financiado pela APA.

A sua implantação implica, contudo, a aquisição de um terreno privado, cuja negociação está já em curso e que poderá elevar o investimento para os 600 mil euros.

Resumindo, a APA apoia com o valor da empreitada, os 180 mil euros, e a Câmara da Maia suporta o custo dos terrenos, que deverá rondar os 400 mil euros.

O autarca da Maia explicou que este projeto vem resolver um problema criado há mais de 40 anos, aquando da construção de fábrica têxtil nos terrenos hoje ocupados pelo centro comercial Maia Jardim, e que se intensificou com a construção da Autoestrada 41 (A41), deixando uma “ferida aberta”, que agora o município tenta minimizar.

Silva Tiago referiu perante o agora presidente da APA, José Pimenta Machado, que o apoio financeiro a cargo da Agência do Ambiente poderia “ter sido maior”.

Pimenta Machado sublinhou que este é um “pequeno projeto, mas de grande relevância” para a região.

O dirigente explicou que através da abertura da ribeira do Arquinho, em cerca de 100 metros, e da criação de uma bacia de retenção será possível resolver o problema das cheias que afetava as três habitações existentes nas suas imediações e minimizar as consequências na zona do Maia Jardim.

De resto, adiantou o presidente da Câmara da Maia, o próprio Maia Jardim já resolveu o problema para as suas instalações, criando comportas para evitar que a água entre na sua cave. Esta obra vai minimizar o problema para as moradias e estradas envolventes.

“Temos de preparar os territórios para essa nova realidade, vamos ter picos de precipitação e depois longos períodos sem precipitação. Temos de nos adaptar”, afirmou o presidente da APA.

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