O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) mantém a greve nacional marcada para esta sexta feira, alegando que a classe tem “razões acrescidas” para aderir à paralisação depois da ronda negocial de hoje com o Ministério da Saúde.
Consideram que a proposta [apresentada pelo Governo] continua a ser inadmissível, intolerável e, por isso, dizem ter razões acrescidas para manifestar a sua “fortíssima indignação com a greve do dia 02 de agosto”, afirmou aos jornalistas o presidente do SEP no final da reunião com o ministério de Ana Paula Martins.
Segundo José Carlos Martins, o Ministério da Saúde propôs, na grelha salarial da categoria de enfermeiro, um aumento de 52 euros para todas as posições remuneratórias.
Além disso, nas grelhas salariais de enfermeiro-especialista e enfermeiro-gestor, o “Governo propõe não alterar grelha nenhuma”, afirmou o dirigente sindical, adiantando que a proposta prevê, porém, que os enfermeiros que estão hoje nessas categorias possam dar um “salto de uma posição remuneratória”.
Essa proposta implica que, para “quem entrar no futuro, o valor económico do trabalho dos enfermeiros especialistas e chefes se mantém exatamente igual ao que hoje temos”, lamentou o presidente do SEP.