Instituto conta com cidadãos para identificar mosquitos invasores que transmitem doenças

Instituto conta com cidadãos para identificar mosquitos invasores que transmitem doenças
mosquito

O MosquitoWeb “tem como primeiro objetivo detetar precocemente a presença de espécies invasivas que têm importância médica nas diferentes regiões onde não tenham sido detetadas”, adiantou à agência Lusa Carla Sousa, professora associada do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT).

Na prática, segundo a especialista, este projeto do IMHT convida os cidadãos a tirarem uma fotografia do mosquito e a enviá-la através da plataforma específica do MosquitoWeb.pt, indicando a região e o ambiente onde foi encontrado o exemplar.

Além disso, o projeto de “ciência cidadã” permite que um mosquito capturado possa ser enviado para o IHMT, sendo depois o cidadão informado se esse exemplar é de uma espécie com impacto na saúde pública.

Além disso, “se for uma espécie invasiva, numa localização onde nunca foi detetada, passamos essa informação à Direção-Geral da Saúde (DGS)”, explicou Carla Sousa, ao salientar que foi através desse projeto que foi possível detetar a presença do mosquito tigre em Lisboa, em outubro de 2023.

Nessa altura, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou a presença da espécie em Lisboa, mas salientou que, em Portugal, não tinham sido “identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas, nem se registaram casos de doença humana”.

O MosquitoWeb está particularmente atento a duas espécies transmissoras de doenças como a dengue ou a febre-amarela, o mosquito tigre (Aedes albopictus) e o mosquito da febre-amarela (Aedes aegypti).

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